Secretário de Tião Viana, governador do Acre - PT, é transferido para presídio de segurança máxima

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

14 Mai 2013

A desembargadora Denise Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, determinou que o diretor-presidente do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre, Gildo César Rocha, casado com uma prima do governador do Tião Viana (PT), fosse transferido nesta tarde da “Papudinha” para o presídio federal Antonio Amaro, de segurança máxima, onde está preso o ex-deputado Hildebrando Pascoal.

A informação é do Blog do Altino/Terra Magazine, 14-05-2013.

Gildo César faz parte do grupo de 15 pessoas (secretários do governo estadual, empreiteiros e servidores públicos) presas pela Polícia Federal na sexta-feira durante a Operação G-7.  Eles são acusados de crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de recursos públicos.

Após a prisão do grupo, o diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre, Dirceu Augusto Silva, alegou que o presídio estadual Francisco D’Oliveira Conde estava lotado. Porém, a desembargadora tomou conhecimento que 17 presos deram entrada no presídio estadual após a Operação G-7 e exigiu o cumprimento de sua determinação. O diretor do Iapen poderá ser responsabilizado por descumprimento da ordem da desembargadora. Gildo César é o único do grupo que não tem nível superior.

O Tribunal de Justiça do Acre informou que os 15 réus presos não poderão ingressar com pedidos de habeas corpus no plantão judiciário deste final de semana.

Os presos só poderão obter liberdade no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, pois o processo já tem Denise Bonfim como relatora, que já remeteu os autos ao Ministério Público Estadual. No âmbito do Judiciário do Acre, caberá à desembargadora decidir sobre a manutenção da prisão ou não dos envolvidos.

A noite de sexta-feira na Papudinha foi muito movimentada pela presença de autoridades do governo estadual e familiares que foram visitar os presos. Na verdade, presos comuns (pobres, diga-se) só podem receber visita de familiares 15 dias após o isolamento, em horários e dias adequados.

Os réus presos pela Operação G-7 receberam a visita da secretária de Turismo, Ilmara Cordeiro, do diretor do Iapen, Dirceu Augusto, do secretário de Segurança, Ildor Reni Graebner, além do secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, do secretário de Comunicação Leonildo Rosas e do assessor especial do governador, Dudé Lima.

A Polícia Federal mobilizou 150 agentes na Operação G-7, que cumpriram mandados de busca e apreensão em 34 órgãos públicos, em Rio Branco, a capital, e no município de Tarauacá. Segundo a PF, trata-se de um “esquema criminoso”.  De seis contratos fraudados, que somam R$ 40 milhões, foram desviados de R$ 4 milhões. Trata-se apenas da primeira fase da operação.

Entre os presos, o diretor de análises clínicas da Secretaria Estadual de Saúde, Thiago Paiva, sobrinho do governador Tião Viana. Segundo PF, contratos estavam sendo fraudados para desviar recursos provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das empresas contratadas pelo governo teve o atestado de capacidade técnica assinado por um de seus próprios sócios.

Também foram presos o secretário de Obra Wolvenar Camargo Filho, o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Carlos Takashi Sasai, o secretário adjunto de Desenvolvimento e Gestão de Rio Branco, Assurbanipal Barbari Mesquita, o empreiteiro e diretor da TV e jornal O Rio Branco, Narciso Mendes Junior, e o empreiteiro João Francisco Salomão, ex-presidente da Fieac.

Lista de presos

Tiago Viana das Neves Paiva (diretor de Analise Clínicas da Secretaria Estadual de Saúde); Carlos Takashi Sasai (presidente da Federação das Industrias do Estado do Acre); Gildo Cesar Rocha Pinto (diretor Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre); Wolvenar Camargo (secretário de Obras); Assurbanipal Barbari Mesquita (Secretário Adjunto de Desenvolvimento e Gestão de Rio Branco); Aurélio Silva da Cruz (ex-superintendente da Caixa e ex-secretário de Habitação); João Francisco Salomão (empreiteiro e ex- presidente da Federação das Industrias do Estado do Acre), Carlos Afonso Cipriano (empreiteiro); José Adriano Ribeiro da Silva (empreiteiro); João Braga Campos Filho; Narciso Mendes Junior (empreiteiro); Sergio Tsuyoshi Murata (- empreiteiro); Vladimir Câmara Thomas (empreiteiro); Marcelo Chance de Nees (servidor público).