A fome causou a morte de 258.000 pessoas na Somália entre 2011 e 2012

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Por: André | 03 Mai 2013

Cerca de 258.000 somalis – a metade crianças menores de cinco anos – morreram de fome entre outubro de 2010 e abril de 2012 devido a uma grave crise alimentar que se traduziu em seis meses de fome, segundo um relatório da ONU, publicado nesta quinta-feira.

A reportagem está publicada no jornal espanhol El País, 02-05-2013. A tradução é do Cepat.

As primeiras estimativas científicas estimam que no centro e no sul da Somália morreram 4,6% da população total do país – com um total de mais de 10 milhões de pessoas – e 10% das crianças com menos de cinco anos.

Nas regiões do Baixo Shabelle e Mogadíscio, as mais afetadas pela crise alimentar, a porcentagem de crianças que perderam a vida passa dos 18% e 17%, respectivamente.

O estudo, realizado pela FAO – agência da ONU para a alimentação e a agricultura – e a Rede de Alerta contra a Fome (Fews Net), financiada pelos Estados Unidos, traz ainda outro dado alarmante: “Entre maio e agosto de 2011” a crise alimentar causou “cerca de 30.000 mortos ao mês”.

O balanço é superior inclusive ao da fome que assolou o país em 1992, que se estima provocou a morte de 220.000 pessoas em 12 meses. Contudo, aquele episódio é considerado mais grave porque morreu uma maior porcentagem da população. A fome, provocada pela grave seca que a região do chifre da África sofreu – o ano anterior foi o mais seco em 60 anos –, afetou cerca de quatro milhões de somalis. A crise alimentar foi agravada pela catastrófica situação do país, submergido no caos e na guerra civil desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.

A recente derrota militar dos islâmicos shebab – a ala mais radical e herdeira do último Governo que chegou a estabilizar parte da Somália vários meses em 2006, deposto por facções rivais etíopes, com o apoio dos Estados Unidos – e a eleição, em setembro, de novas autoridades fazem aumentar as esperanças de estabilidade e de dotar a Somália de um verdadeiro governo central, algo do que se carece há 22 anos.