O Papa Francisco recebeu em mãos do padre geral da Companhia de Jesus, Adolfo Nicolás, e do conselheiro delegado do Grupo de Comunicação Loyola, Antonio Allende sj, dois livros publicados recentemente pelo selo Mensajero, os quais possuem um significado especial para o Pontífice: Memorial de Pedro Fabro e Dicionário da Liderança Inaciana, de José Maria Guibert sj.

A informação é publicada pelo Grupo comunicação Loyola, 13-12-2014. A tradução é de Benno Dischinger.

Memorial de Pedro Fabro se converteu num “clássico da espiritualidade inaciana”, posto que recolhe as reflexões escritas pelo santo Pedro Fabro entre 1542 até 1546. Introduzido por José Garcia de Castro sj, esta edição corresponde ao trabalho realizado em 1982 por Jaime H. Amadeo sj e Miguel A. Fiorito sj.

Ambos publicaram este Memorial de alguns bons desejos e bons pensamentos do Padre Mestre Pedro Fabro por encargo do Papa Francisco quando este era provincial da Argentina.

Fabro foi o primeiro companheiro de Inácio de Loyola nos passos fundadores da Companhia de Jesus e se destacou pelo “diálogo com todos, também os mais afastados e com os adversários; sua piedade simples, certa provável ingenuidade, sua disponibilidade imediata, seu atento discernimento interior, o fato de ser um homem de grandes e fortes decisões que tornava compatível com ser doce...”, em palavras do Papa Francisco.

Não alcançou o protagonismo fundador de Inácio de Loyola, nem a característica missionária de Francisco Xavier. A fecundidade de Pedro Fabro se refletia em amizades, em afetos e em sua espiritualidade. Foi o primeiro sacerdote jesuíta a quem correspondeu presidir a eucaristia do primeiro vínculo comum dos votos de Montmartre.

Sua figura representa, para o Papa Francisco, um verdadeiro modelo de vida e de sacerdócio, pelo que o proclamou santo há precisamente um ano, aos 17 de dezembro de 2013, mediante uma canonização denominada “equivalente”.

Dicionário da Liderança Inaciana, de José María Guibert sj, entregue em mãos ao Pontífice pelo padre Geral, recolhe a essência da liderança inaciana através de algumas questões-chave que o conformam assim: características da pessoa líder, das pessoas ou equipes acompanhantes, da relação entre ambos os grupos, e da missão que todos perseguem.

Seu autor desentranha 150 conceitos relevantes, escolhidos de textos inacianos originais, a modo de citações inspiradas. A cada uma dedica um comentário explicativo que atualiza e aplica seu significado a situações contemporâneas. Ante a pergunta formulada ao seu autor de que líder está se tratando numa entrevista em El Muno, Guibert responde que o Papa Francisco, “teve capacidade de ser livre, romper com alguns moldes, ir mais à experiência do que à teoria... Está sendo um grande exemplo. Voltou ao mais autêntico, centrou-se na pessoa e deixou de lado papéis ou formalismos, buscando a autenticidade e a simplicidade”.