''O 'não' ao sacerdócio feminino não durará para sempre''

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18 Novembro 2014

O abade Christian Haidinger afirmou que ''o 'não' ao sacerdócio feminino não durará para sempre'', em uma jornada de estudos de grupos católicos sobre o tema mulher e Igreja.

A reportagem é do sítio Katholische Presseagentur Österreich, 16-11-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A Igreja Católica não manterá, a longo prazo, o "não" até agora oposto ao presbiterado feminino. Essa forte convicção foi novamente expressada no sábado em St. Pölten pelo presidente da Conferência dos Superiores das Comunidades Religiosas Masculinas, na Áustria, o abade beneditino Christian Haidinger.

A ocasião foi uma jornada de estudos de diversos grupos católicos sobre o tema "Mulheres na Igreja: dignidade igual, direitos iguais". A exclusão das mulheres foi definida como uma "discriminação inadmissível" que deve ser eliminada: é o que se diz nos comunicados de imprensa dos grupos envolvidos, em referência a uma resolução aprovada durante a reunião.

Haidinger disse que, como "pequeno religioso", não tem nada a reivindicar a respeito. Mas, mesmo que tivesse que sofrer críticas ou acusações, para ele é uma certeza: "Virá o tempo em que as mulheres, também na nossa Igreja, terão acesso a cargos que até agora são reservados exclusivamente a homens".

E ele sabe que não é o único em ambientes católicos a ter essa convicção, disse o abade, que, enquanto isso, identificou uma maioria de teólogos em posições semelhantes. Segundo Haidinger, há até bispos que são favoráveis à admissão de mulheres ao diaconato, pelo menos.

Na sua opinião, não haveria apenas motivos teológicos para a admissão de mulheres ao presbiterado. A Igreja também fez "experiências encorajadoras" ao transferir cargos para as mulheres na pastoral. Há "teólogas excelentes" e muitas professoras de religião e assistentes de pastoral que sustentam e inspiram a Igreja.

O principal representante dos religiosos na Áustria reconheceu que a admissão de mulheres ao sacerdócio levaria a uma "notável irritação" no diálogo ecumênico com os ortodoxos. A discussão aberta e franca desejada pelo Papa Francisco na Igreja seria útil, na sua opinião, para enfrentar as tensões. O próprio Francisco falou de um "aprofundamento das questões feminina" na Igreja.

Em uma resolução decidida nessa assembleia, foi afirmado que os problemas não resolvidos relacionados com a posição, a dignidade e os direitos das mulheres na Igreja toca temas centrais da credibilidade da Igreja. O fato de as mulheres e os homens terem dignidade igual e direitos iguais também tem um fundamento bíblico. Consequentemente, a ordenação ao presbiterado para as mulheres também não deveria continuar sendo um tabu.

"A exclusão das mulheres da ordenação presbiteral é a discriminação, que não pode ser imputada a Jesus, com base na motivação de que Ele não deu nenhuma procuração nesse sentido. Mas, mesmo com base no direito natural divino, toda discriminação é inadmissível; para eliminá-la, não há necessidade de qualquer procuração."

Os organizadores do encontro foram: a Laieninitiative (Iniciativa dos Leigos), assim como a plataforma Nós Somos Igreja, a Pfarrerinitiative Initiative (Iniciativa dos Párocos), a Katholische Frauenbewegung Österreich (KFBÖ – Movimento Feminino Católico na Áustria), o Fórum XXIII, de St. Pölten, o grupo Priester ohne Amt (Padres Sem Cargo) e a Taxhamer Pfarrgemeinderatsinitiative (Iniciativa da Comunidade Paroquial de Taxham).

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