Por: Jonas | 31 Julho 2014
O jesuíta Guillermo Ortiz, que esteve em Caserta, entrevistou o pastor Giovanni Traettino,(na foto, abraçando o Papa) a quem perguntou, em primeiro lugar, o que é possível dizer sobre esta visita do Papa Francisco.
A reportagem é publicada por Radio Vaticana, 30-07-2014. A tradução é do Cepat.
Fonte: http://goo.gl/kT7gZr |
“Estamos profundamente sensibilizados pela simplicidade, que já conhecemos do Papa Francisco, e também, digamos, pela sua humanidade. São as coisas que mais nos surpreendem. Além disso, o fato de viver precisamente em nível experimental esta nossa irmandade, é algo que nos surpreende muito”.
Diante da pergunta se ajuda essa atitude de Francisco, a busca da radicalidade do Evangelho, que também os pentecostais buscam, o Pastor respondeu:
“Sim, acredito que é a experiência de Cristo. Acredito que é a relação com Cristo. Para mim, é evidente que ele é um homem que teve um encontro com Jesus e, portanto, quando se encontra com homens que tem este tipo de relação com o Senhor, e que querem viver o Evangelho, estabelece-se o que ele chama de uma empatia”.
Ao recordar que, há alguns dias, o Pastor Traettino disse que não existe um Pentecostes que não gere vida e que não pode existir nenhum pentecostal verdadeiro sem esta vocação, este amigo do Papa acrescentou:
“Sim, eu estou profundamente convencido. Todos os Pentecostes, os do Antigo Testamento e os do Novo Testamento, junto a esta efusão de vida, produzem unidade. A Igreja nasceu em Pentecostes. Portanto, é evidente que o que saiu, de muitas línguas, é uma língua; de muitos povos, é um povo. Em suma, o Pentecostes nos coloca na fronteira. Devemos avançar cada vez mais para a realização do sonho de Deus. E é evidente que o sonho de Deus é a unidade, sendo que o próprio Deus é unidade”.
Embora esta tenha sido uma visita a um amigo, e para se encontrar - como disse o Papa Francisco - com os irmãos que primeiro o procuraram, o jesuíta Guillermo Ortiz comentou que muitos veem este acontecimento como um encontro ecumênico, ao que o Pastor explicou:
“Sim, na dimensão do diálogo fraterno, neste sentido. Portanto, a dimensão teológica, doutrinal, talvez esteja ausente, mas está presente e é muito forte a primeira dimensão, da qual fala Paulo em sua carta aos Efésios, no capítulo 4, a unidade do Espírito, que é necessário preservar. Porque quando se tem a mesma experiência do Espírito, digamos a unidade com o Espírito, produz-se a unidade do Espírito. A unidade com o Espírito Santo produz a unidade do Espírito Santo. Portanto, neste sentido, eu acredito que na medida em que fazemos a experiência de Deus e temos Deus no interior - nosso corpo é templo do Espírito Santo -; quando descobrimos a outra pessoa, que vive dentro dele esta experiência, estabelece-se este feeling, esta relação”.
O Padre Ortiz colocou à disposição do Pastor Traettino o microfone da Rádio Vaticano, para que dirigisse uma palavra a todos os pentecostais:
“A palavra que tenho para meus irmãos pentecostais é simplesmente a de descobrir o depósito que está em seu batismo no Espírito Santo, que é um depósito de vida – na Escritura, Jesus disse que teremos a vida em abundância – e nós experimentamos, em nível pentecostal esta vivacidade, esta presença, etc. Porém, o outro elemento que está um pouco adormecido no mundo pentecostal é a dimensão da unidade que, em minha opinião, é própria da graça do batismo do Espírito Santo”.
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Giovanni Traettino, sensibilizado com a “humanidade” do Papa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU