Por: André | 02 Julho 2014
Um grupo de mulheres sul-coreanas, que foram submetidas à escravidão sexual pelo Exército japonês durante a II Guerra Mundial, foi convidado para participar de uma missa que o Papa Francisco presidirá em Seul em meados de agosto.
A reportagem é da Agência Efe, 01-07-2014. A tradução é de André Langer.
Segundo indicou à Efe uma das suas porta-vozes, a máxima autoridade da Igreja católica na Coreia do Sul convidou, para participar do serviço religioso, estas sobreviventes de um cruel episódio, que continua provocando fortes tensões diplomáticas entre Seul e Tóquio.
Prevê-se que o Papa Francisco dedique uma mensagem àquelas que são conhecidas como “mulheres de conforto” durante a missa que presidirá na Catedral de Myeongdong, da capital sul-coreana, no dia 18 de agosto, último dia da visita do Pontífice à Coreia do Sul, confirmaram autoridades locais da Igreja católica.
No entanto, não se sabe se o Papa terá tempo para reunir-se pessoalmente com as escravas sexuais sobreviventes, muitas das quais são católicas.
Francisco visitará a Coreia do Sul entre os dias 14 e 18 de agosto para participar da VI Jornada da Juventude Asiática, em uma visita histórica por ser a terceira de um pontífice ao país asiático e a primeira em 25 anos desde a de João Paulo II, em 1989.
As 54 “mulheres de conforto” que ainda vivem na Coreia do Sul, todas elas de mais de 80 anos, fazem parte das 200.000 crianças, adolescentes e jovens recrutadas de forma forçada durante a II Guerra Mundial (1939-1945) pelo Exército Imperial japonês para proporcionar serviços sexuais aos seus soldados.
Embora o Japão já tivesse pedido perdão formalmente mediante uma declaração, em 1993, a Coreia do Sul continua reclamando desculpas mais sinceras e indenizações, razão pela qual o assunto continua provocando fortes tensões entre ambos os países.
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O Papa convida ex-escravas sexuais sul-coreanas para uma missa em Seul - Instituto Humanitas Unisinos - IHU