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09 Junho 2014

Francisco desafia as convenções da política no Ocidente, que tem dado por óbvia e universalizada a separação do religioso do secular. Nisso fica claro que o Papa Francisco não é um liberal, mas sim um jesuíta da Igreja Católica pós-conciliar, proveniente de uma parte do mundo em que religião e política teceram relações diferentes daquelas moldadas pela Revolução Francesa e pela Revolução Americana no Norte do mundo.

A opinião é do historiador italiano Massimo Faggioli, professor de história do cristianismo da University of St. Thomas, em Minnesota, nos EUA. O artigo foi publicado no sítio HuffingtonPost.it, 06-06-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Segundo ele, "não é de todo certo que o encontro do dia 8 de junho trará os frutos esperados no Oriente Médio, mas certamente é um sinal de novidade na interpretação que o papado de Bergoglio dá da relação entre religião e violência no mundo contemporâneo".

Eis o texto.

O fato de que o Papa Francisco tenha convidado para o Vaticano Shimon Peres e Abu Mazen para rezarem pela paz faz parte das tantas novidades desse pontificado, mas também da história da romanidade. Roma sempre teve um papel nas aspirações de paz, na área euro-mediterrânica primeiro e global depois: da Pax Romana até as guerras mundiais do século XX.

Nessa autoconsciência da romanidade como ponto de síntese e de possível solução das tensões internacionais, a Igreja Católica desempenhou um papel particular, paradoxalmente justamente desde o fim do poder temporal do papa em 1870 em diante.

Do apelo de Bento XV, em 1917, contra o "inútil massacre" da Grande Guerra até o Jubileu de 1950, que também era destinado a sanar o banho de sangue entre cristãos na Europa cristã, os papas entenderam como parte do seu ministério uma espécie de "alta soberania": a paz sob a tutela católica antes durante a Guerra Fria com uma clara função anticomunista e, depois, progressivamente, a partir do Concílio Vaticano II, à luz de uma aceitação da ideia dos direitos humanos e do dever da Igreja de ser advogada deles.

A convocação de uma cúpula de oração no Vaticano por parte do Papa Francisco representa um salto em relação às vanguardas lançadas por João Paulo II. Hoje, em 2014, parecem muito distantes os sinais de alerta daqueles que, em 1986, se opuseram à ideia do Papa Wojtyla de hospedar líderes de outras Igrejas e religiões em Assis.

O Papa Francisco convidou o presidente do Estado de Israel e o presidente dos palestinos para "rezar juntos" – exatamente o fantasma agitado por aqueles que viram em Assis, em 1986, uma manifestação de concórdia inter-religiosa teologicamente inadvertida e perigosa.

A tentação é a de reduzir o evento do dia 8 de junho de 2014 a uma entrada do Vaticano do Papa Bergoglio no campo da política internacional, a um retorno ao protagonismo diplomático de João Paulo II. Mas, do ponto de vista religioso, há mais.

O início do pontificado de Wojtyla coincidiu com a irrupção do Islã político no cenário mundial, com a criação do regime teocrático iraniano (1979). Diante daquela que os especialistas definiram como "a vingança de Deus" sobre as teorias da secularização que estavam na moda nos estudos acadêmicos dos anos 1970, a resposta de muitos líderes se destinou a redimensionar o papel da religião na esfera pública e tornou-se parte de uma laicização-secularização das questões internacionais: parecia que a paz global só podia vir de líderes mais laicos e menos animados por um espírito religioso. O 11 de setembro de 2001 forneceu uma primeira verificação dessa falsa equação: as guerras que se seguiram vieram de um país fingidamente laico (os Estados Unidos) e criaram novos regimes fingidamente laicos (Iraque e Afeganistão).

Agora, o Papa Francisco aborda a questão invertendo os termos da questão: a religião ou, melhor, a espiritualidade pode trazer a paz, mesmo onde ela tem sido abalada (como no Oriente Médio) por teologias nacional-religiosas. O papa convidou para rezar em Roma não líderes religiosos judeus e muçulmanos, mas líderes políticos de israelenses e palestinos, confiando a eles um ministério de tipo religioso, que não é aquele pelo qual foram eleitos e que formalmente praticam. A presença do Patriarca de Constantinopla, que goza de um primado de honra nas Igrejas ortodoxas, faz do encontro um evento ecumênico em seu próprio direito.

Francisco desafia as convenções da política no Ocidente, que tem dado por óbvia e universalizada a separação do religioso do secular. Para o cristão Bergoglio, para a sua visão do mundo e do homem, essa separação tem limites claros: também nisso fica claro que o Papa Francisco não é um liberal, mas sim um jesuíta da Igreja Católica pós-conciliar, proveniente de uma parte do mundo em que religião e política teceram relações diferentes daquelas moldadas pela Revolução Francesa e pela Revolução Americana no Norte do mundo.

O Papa Francisco já havia desafiado o protocolo quando solicitara que a rainha Elizabeth da Inglaterra (chefe da Igreja Anglicana), em visita ao Vaticano, rezasse por ele. Aqui, o papa desafia o protocolo internacional em um nível ainda mais elevado.

Não é de todo certo que o encontro do dia 8 de junho trará os frutos esperados no Oriente Médio, mas certamente é um sinal de novidade na interpretação que o papado de Bergoglio dá da relação entre religião e violência no mundo contemporâneo.


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