Para muitos observadores do Oriente Médio, não passou despercebida a importância real e simbólica do gesto com o qual o Papa Francisco iniciará a sua visita de 7-8 horas aos territórios do novo Estado da Palestina no dia 25 de maio. O Santo Padre será o primeiro papa a se dirigir diretamente ao Estado da Palestina sem passar antes pelo território israelense.

A reportagem é de Luis Badilla, publicada no sítio Il Sismografo, 06-05-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

No passado, Paulo VI, João Paulo II e depois Bento XVI fizeram a ponte entre Israel e os Territórios Autônomos Palestinos, como se chamavam até a resolução da ONU de 2012. Porém, esses Territórios, no momento da visita do Papa Montini à Gruta de Belém (6 de janeiro de 1964, na Epifania), faziam parte de uma única entidade geopolítica (Jordânia).

Desta vez, partindo da Jordânia, o helicóptero que transportará o Papa Francisco, depois de um voo de poucos minutos, irá aterrissar no heliporto presidencial de Belém, nos arredores do Palácio Presidencial, onde o pontífice será recebido pelo presidente Mahmoud Abbas.

O site Terrasanta.net escreve: "Um gesto diplomático que soa como um convite à comunidade internacional para que preste atenção à situação na Palestina. É a terceira vez que ocorre uma visita de um chefe de Estado estrangeiro à Palestina 'diretamente do céu': o primeiro a fazer isso foi [em várias ocasiões] o rei da Jordânia. O segundo, o emir do Qatar [o xeique Hamad bin Khalifa al-Thani, que chegou a Gaza vindo do Egito em um helicóptero, em outubro de 2012, mas posteriormente desistiu de ir a Ramallah]. Agora cabe ao Papa Francisco".