O arcebispo de San Salvador nega ter acobertado um caso de abuso sexual

Mais Lidos

  • A ideologia da Vergonha e o clero do Brasil. Artigo de William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • Juventude é atraída simbolicamente para a extrema-direita, afirma a cientista política

    Socialização política das juventudes é marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas. Entrevista especial com Patrícia Rocha

    LER MAIS
  • Que COP30 foi essa? Entre as mudanças climáticas e a gestão da barbárie. Artigo de Sérgio Barcellos e Gladson Fonseca

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: André | 09 Dezembro 2015

O arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar, jurou, no último domingo, publicamente que não subornou uma mulher que teve um filho com um padre já falecido e que supostamente a violou quando era menor de idade.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 07-12-2015. A tradução é de André Langer.

“Quero, além disso, fazer um ato sagrado em honra a Deus, que é verdade absoluta, quero jurar diante de todos de forma pública invocando o nome de Deus que nunca na minha vida eu subornei pessoa alguma, diante das acusações que estão sendo feitas contra mim”, declarou em uma coletiva de imprensa o arcebispo na catedral da capital.

Apoiada por uma associação feminista, uma mulher com o rosto coberto e sem se identificar à imprensa denunciou na semana passada que o religioso entregou-lhe um cheque de 5 mil dólares com a suposta intenção de silenciar o abuso.

“A ajuda que entreguei a esta pessoa foi com a finalidade de ajudar o seu filho (que faz Medicina em Cuba). Nunca me falou de ter sido abusada pelo padre já falecido Leopoldo Deras”, explicou o arcebispo.

“Juro que nunca subornei (...) a pessoa que me acusa de tal crime”, ratificou o arcebispo, que preferiu não identificar a vítima, a quem ofereceu a ajuda da Igreja apesar da denúncia.

O padre Deras redigiu um testamento no qual deixava o arcebispo Escobar como herdeiro de seus bens materiais, segundo relatou na mesma coletiva de imprensa o advogado Heriberto Flores, testemunha do documento legal.

“Quero jurar que nunca fiz nada para que o padre (Deras) me deixasse como seu herdeiro”, destacou o religioso, que uma vez que recebeu os bens transferiu-os à Igreja.

Os escândalos de abusos de padres vieram à tona em novembro, quando a Arquidiocese de San Salvador suspendeu de todas as suas funções o vigário da Arquidiocese Jesús Delgado.

Delgado foi acusado de ter violentado uma mulher de 42 anos quando ela tinha entre 9 e 17 anos. A este caso se somou o do padre Juan Francisco Gálvez, que até o dia 15 de outubro era o pároco da igreja do município de Rosario de Mora, ao sul de San Salvador.