''Não devemos decepcionar os jovens. Eles querem um mundo mais justo''

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17 Julho 2015

Não devemos decepcionar os jovens, eles querem um mundo mais justo. A afirmação é do Papa Francisco em uma carta dirigida ao reitor-mor dos salesianos. "Dom Bosco – escreve o pontífice – lhes ajuda a não decepcionar as aspirações profundas dos jovens: a necessidade de vida, abertura, alegria, liberdade, futuro; o desejo de colaborar na construção de um mais justo e fraterno, no desenvolvimento para todos os povos, na proteção da natureza e dos ambientes de vida."

A reportagem é de Mauro Pianta, publicada no sítio Vatican Insider, 16-07-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Seguindo o seu exemplo, vocês os ajudarão a experimentar que só na vida da graça, ou seja, na amizade com Cristo, implementam-se plenamente os ideais mais autênticos."

O papa pediu que os salesianos levem adiante "particularmente duas tarefas" na relação com os jovens: "A primeira é a de educar segundo a antropologia cristã à linguagem dos novos meios de comunicação e das redes sociais, que plasma profundamente os códigos culturais dos jovens". "A segunda é promover formas de voluntariado social, não resignando-se às ideologias que antepõem o mercado e a produção à dignidade da pessoa e ao valor do trabalho."

Quanto às crises, o pontífice recorda que elas não trazem apenas "feridas", mas às vezes também "recursos". E acrescenta: "Os desafios da Turim do século XIX assumiram dimensões globais: idolatria do dinheiro, iniquidade que gera violência, colonização ideológica e desafios culturais relacionados com os contextos urbanos. Alguns aspectos coenvolvem mais diretamente o mundo juvenil, como a difusão da internet, e, portanto, interpelam vocês, filhos e filhas de Dom Bosco".

O pontífice conclui recordando como há tantos jovens "em risco de desencorajamento, de anemia espiritual, de marginalização", e "Dom Bosco nos ensina, acima de tudo, a não ficar olhando".

"A Itália, a Europa e o mundo nesses dois séculos mudaram muito, mas a alma dos jovens – escreve Francisco – não mudou: ainda hoje os jovens e as jovens estão abertos à vida e ao encontro com Deus e com os outros, mas há muitos em risco."