18 Mai 2015
"Os dois primeiros anos do pontificado de Francisco me parecem um grande milagre do Espírito Santo, especialmente porque, em certo sentido, eles salvaram a Igreja do suicídio que parecia próximo aos papas anteriores. Suicida, me parecia, então, a pretensão de impor uma moral fóbica sexual, tanto pelo interesse em atividades econômicas conhecidas, quanto pelos escândalos do banco do Vaticano. Em ambas as questões, Francisco mostrou sinais de mudança radical". A opinião é de Gianni Vattimo, filósofo italiano, em entrevista concedida à revista IHU On-Line.
Segundo ele, "em muitos aspectos Francisco parece um papa "revolucionário". Alguns até mesmo o acusam de ser simplesmente um comunista. Eu não sei se é, mas deveria ser, especialmente agora que o ideal comunista foi arruinado pelas práticas de "comunismo real", o stalinismo e o totalitarismo soviético.
Também gosto de falar que os horrores dos regimes comunistas foram produzidos principalmente pela pretensão de imitar de forma acelerada a sociedade capitalista e a sua estrutura industrial.
Quanto à revolução, Francisco pode ajudar na transformação da sociedade, para que ela se torne mais humana. Isso se o Papa for capaz de revolucionar, antes de tudo, a Igreja. A Igreja "franciscana" é o primeiro passo no sentido de uma presença política dos cristãos, capaz de levar a cabo o fim da alienação"
A íntegra da entrevista poderá ser lida na revista IHU On-Line desta semana, que tem como tema "E sopra um vento de ar puro... Os dois anos de Papa Francisco em debate".
A revista IHU On-Line estará disponível na segunda-feira, a partir das 17h, nesta página, nas versões html, pdf e ‘versão para folhear’.
A edição impressa circulará na terça-feira, no campus da Unisinos, a partir das 8h.
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Um grande milagre do Espírito Santo. Francisco salvou a Igreja do suicídio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU