15 Abril 2015
Fonte: http://goo.gl/CNtFP4 |
Na segunda semana do tempo pascal, “nos fará bem pensar em nossas comunidades, sejam diocesanas, paroquiais, familiares ou muitas outras, e pedir a graça da harmonia, que é mais do que a unidade (a unidade harmônica, a harmonia, que é o dom do Espírito), pedir a graça da pobreza (não da miséria, da pobreza, o que significa? Que se eu tenho o que tenho, devo administrá-lo em prol do bem comum e com generosidade) e pedir a graça da paciência, da paciência”. É a invocação que o Papa Francisco invocou ao final da homilia matutina, na Casa Santa Marta, segundo apontou a Rádio Vaticana.
A reportagem é de Domenico Agasso Jr., publicada por Vaticano Insider, 14-04-2015. A tradução é do Cepat.
O Pontífice enfatizou que os cristãos não devem acumular riquezas, mas colocá-las a serviço daqueles que estão necessitados, seguindo o exemplo da primeira comunidade guiada pelos Apóstolos.
O Papa Bergoglio refletiu sobre a passagem dos Atos dos Apóstolos, na qual se descreve a vida da primeira comunidade dos cristãos: há, recordou, dois sinais de “renascimento em uma comunidade”. O primeiro é a harmonia: “a comunidade renascida ou dos que renascem no Espírito tem esta graça da unidade, da harmonia. O único que pode nos dar a harmonia é o Espírito Santo, porque Ele também é a harmonia entre o Pai e o Filho, é o dom que cria a harmonia”. Depois, vem o bem comum, ou seja, que nenhum deles considerava sua propriedade o que lhe pertencia: “estava a serviço da comunidade. Sim, alguns eram ricos, mas a serviço. Estes são dois sinais de uma comunidade que vive no Espírito”.
O Papa disse que esta passagem era um pouco “curiosa”, porque “imediatamente depois começam” os problemas na comunidade, por exemplo, a entrada de Ananias e Safira, que tentaram “enganar a comunidade”.
“Estes – recordou – são os dois padrões dos benfeitores que se aproximaram da Igreja, entraram para ajudá-la e usar a Igreja para seus próprios assuntos, não?”. Depois, “ocorreram as perseguições que foram anunciadas por Jesus. A última das bem-aventuranças de Mateus: “Bem-aventurados quando por minha causa os insultarem, os perseguirem... Alegrem-se!”. E podem ser lidas muitas perseguições, assim, desta comunidade. Jesus promete isto, promete muitas coisas belas, a paz, a abundância: “Terão cem vezes mais, porém com perseguição”.
Na primeira “comunidade renascida do Espírito Santo - apontou Francisco -, há isto: a pobreza, o bem comum, mas com problemas dentro e fora”. Problemas internos, como o “do casal de negociantes, e externos, como as perseguições”. Pedro, no entanto, disse à comunidade que não se surpreenda com estas perseguições, porque “é o fogo que purifica o ouro”. E a comunidade renascida pelo Espírito Santo se purifica precisamente “em meio às dificuldades e perseguições”.
Há, portanto, um terceiro sinal em uma comunidade renascida: “a paciência no suportar, suportar os problemas, suportar as dificuldades, suportar as murmurações, as calúnias, suportar as enfermidades, suportar a dor” da perda de um ser querido. Não acumular riquezas, mas, sim, administrá-las em prol do bem comum. A comunidade cristã, afirma de novo, “mostra-se renascida no Espírito Santo quando é uma comunidade que busca a harmonia”, não as divisões internas; “quando busca a pobreza”, “não a acumulação de riquezas para si, porque as riquezas são colocadas a serviço”. E quando “não se irrita, em seguida, diante das dificuldades e se sente ofendida”, porque é paciente como Jesus.
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Repleto do Espírito Santo, Jesus voltou do rio Jordão,
e era conduzido pelo Espírito através do deserto.
Aí ele foi tentado pelo diabo durante quarenta dias.
Não comeu nada nesses dias e, depois disso, sentiu fome.
Então o diabo disse a Jesus:
«Se tu és Filho de Deus, manda que essa pedra se torne pão.»
Jesus respondeu: «A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’.»
O diabo levou Jesus para o alto.
Mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo
E lhe disse: «Eu te darei todo o poder e riqueza desses reinos,
porque tudo isso foi entregue a mim, e posso dá-lo a quem eu quiser.
Portanto, se te ajoelhares diante de mim, tudo isso será teu.»
Jesus respondeu: «A Escritura diz:
‘Você adorará o Senhor seu Deus, e somente a ele servirá’.» (Lc 4, 6-8)
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“Que a Igreja não acumule riquezas, mas as coloque a serviço”, pede o Papa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU