05 Março 2015
Recebemos do Frei Marco Moroni, do Sagrado Convento, a notícia dessa iniciativa de peregrinação quaresmal que envolve os franciscanos: vamos os acompanhar a cada etapa – como pedem aos coirmãos – em oração.
A reportagem é de Frei Marco Moroni, publicada pela Província Italiana de Santo Antônio de Pádua, 01-03-2015. A tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.
Muitas são as sugestões que nos levaram a idealizar e organizar uma peregrinação à pé até Roma: a Quaresma, o ano da Vida Consagrada, o desejo de reafirmar a nossa fidelidade ao Papa Francisco, recebendo possivelmente a sua benção no dia do aniversário da sua eleição como “Bispo de Roma”, a lembrança da viagem de Francisco de Assis até o centro do cristianismo com os seus primeiros frades...
Mas tudo isso se une a ideia de criar um “preview” de um caminho quadrienal que verá unidos os freis franciscanos de diversas ordens presentes em Assis, cuja organização já está bem encaminhada.
Sairemos dos muros do convento, peregrinaremos pelas vias da Úmbria e do Lazio, levando o espírito de Assis para dizer a todos que encontrarmos o amor de Deus, para testemunhar a nossa fé a esperança, de maneira simples, através de uma espécie de “oração sem voz” feita por pequenos sinais: uma relíquia do Pobrezinho, o hábito franciscano nas suas diversas cores, o sorriso e a saudação, e o cansaço e a tenacidade.
Estaremos, provavelmente, em oito “caminhantes” entre conventuais, menores e capuchinhos, mais um frei motorizado que nos acompanhará com “uma mula de quatro rodas” para levar um pouco de provisões e também pequenas doações para as pessoas e a comunidade que nos acolherá.
Mas a companhia mais importante será aquela do frei Francisco: teremos junto a nós uma das suas relíquias, como conforto e proteção, e símbolo de unidade. E frente a essa relíquia faremos orações junto com as comunidades que nos darão abrigo.
Os freis e sacerdotes contatados para nos hospedar se demonstraram de imediato interessados e desejosos em sensibilizar os paroquianos aproveitando a oportunidade pastoral, tanto que muitas famílias nos acolheram nas suas casas.
Sete etapas em sete dias, esperando que o oitavo dia (não sem alusões pascoais, por ser uma sexta feira) se possa encontrar o Francisco de hoje.
Partiremos do túmulo de Francisco na sexta-feira 06 de março às 08:45, com a benção dada pelo custódio, e passando por Santa Maria dos Anjos e Rivotorto alcançaremos, escoltados nessa etapa pelos noviços, em Foligno junto ao Santuário de Santa Angela.
No dia seguinte nos aguardam os freis capuchinhos de Spoleto, no seu grande convento.
No domingo chegaremos a Terni, esperando pelos frades da cidade reunidos todos na igreja de São José Operário, junto aos paroquianos. Será então a volta de Otricoli, antiga e feliz cidadela sobre as colinas onde Dom Lisnardo está trabalhando para sensibilizar seu povo.
Na quarta-feira 10 nos espera Dom Augusto, pároco de Rignano Flaminio, grande andarilho, já pronto a nos acolher com as famílias. Depois, mais ao sul, às portas de Roma, exatamente na Primeira Porta, ficaremos na paróquia confiada aos monges paulinos de Jasna Gora, última parada antes de contornar as curvas sinuosas do Tibre e sermos recebidos pelos Ministros Gerais, relaxados e descansados, do abraço da colunata de Bernini.
Pedimos a todos os freis e os amigos de caminharem junto ao nosso ideal, de nos acompanharem no percurso, talvez seguindo as breves mensagens que dia após dia procuraremos enviar através da rede.
Desejamos que não sejam somente “fatos nossos”, mas vias de partilha e fraternidade.
Pedimos ao céu de ser clemente e Àquele que o habita de nos dar sua bênção.
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Com São Francisco até o Papa Francisco. Freis caminham de Assis a Roma com as relíquias de São Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU