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Pennac: “Somente agora entendemos que para as nossas guerras longínquas corremos o risco de morrer em casa”

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10 Janeiro 2015

“Estou muito triste. Conhecia bem Tignous e Bernard Maris. E há pouco tempo havia jantado com Charb e Cabu. Também estava acertado um encontro com Wolinski. Frente às suas mortes estou sem palavras”. Logo após receber a notícia do ataque a Charlie Hebdo, na outra noite Daniel Pennac foi para a manifestação na Praça da República, onde junto a milhares de outras pessoas protestou contra a barbárie de um ódio injustificável. “Eram pessoas corajosas, capazes de continuar fazendo seu trabalho mesmo com diversas ameaças recebidas. Mas além da qualidade profissional eram pessoas adoráveis, muito distantes de qualquer violência e agressividade. Graças ao seu entusiasmo, Charlie Hebdo sempre representou a força e o prazer de uma liberdade absoluta de pensamento, que certamente podia aterrorizar quem prefira se entrincheirar atrás de certezas inabaláveis. Os terroristas quiseram assassinar sua liberdade”.

A entrevista é de Fabio Gambaro, publicada pelo jornal La Repubblica, 09-01-2015. A tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.

Nota da IHU On-Line: Daniel Pennac nasceu em Casablanca, Marrocos, em 1944, e é filho de um oficial francês que servia nas colônias do país. É professor de língua francesa em uma escola em Paris e um apaixonado pela pedagogia. Entre seus livros estão O paraíso dos ogros, A pequena vendedora de prosa (vencedor do prêmio Inter do Livro de 1990), Senhor Malaussène e Frutos da Paixão. Outros títulos do autor lançados no Brasil são Esses senhores os meninos, Kamo e a Agência Babel, Kamo e a idéia do século, O olho do lobo e Vira-lata virador. Pennac é um ardoroso aficionado do Brasil desde que morou em Fortaleza, por dois anos, na década de 1980. Em 2007, recebeu o prestigioso prêmio Renaudot por Diário da Escola.

Eis a entrevista.

Os agressores gritavam “matamos Charlie”. Conseguiram realmente tal feito?

Absolutamente não. Charlie Hebdo continurá vivendo. Eu, como muitos outros, farei de tudo para ajudá-los. Encontraremos uma forma de fazer sobreviver o espírito livre e irreverente do jornal, escrevendo, desenhando, subscrevendo, ajudando financeiramente a redação. A ironia e a auto ironia são sempre necessárias: uma alma sem ironia se transforma num inferno.

Aos que falam dos limites da sátira, o que você responde?

É toda vida que os ouço falar. Quem requer este tipo de limites na verdade quer somente impor os próprios limites aos outros. Os católicos, os muçulmanos, os tradicionalistas, qualquer um quer que prevaleçam suas próprias regras. Mas isso não faz sentido. Somente uma convicção obtusa e prisioneira de certezas ideológicas e religiosas pode escutar a necessidade de impor limite à ironia. Os únicos limites concebíveis são aqueles que o humorista, o artista faz sozinho. Eu sei que existem âmbitos sobre os quais não escreverei mais, mas isso quem decide sou eu. Ninguém poderá jamais impor os argumentos sobre os quais devo escrever ou menos.

A situação, porém, se transformou em guerra.

A França está em guerra, só que até agora o campo de batalha era geograficamente longínquo, no Mali, no Afeganistão. Então nos iludimos que os extremistas contra os quais estávamos combatendo não poderiam nos atingir. Hoje sabemos que não é verdade. E temo que no futuro assistiremos a outros ataques deste tipo.

Como explica a radicalização de certos jovens que entram para a estrada do terrorismo?

É o resultado de diversos fatores, entre os quais o capitalismo atual que faz a guerra aos pobres e não à pobreza. Dessa forma marginaliza uma parte da população que se sente excluída e isolada da sociedade. Se a isso somarmos as seguidas discriminações, se compreende como certas pessoas podem progressivamente se radicalizar ao ponto de odiar a sociedade em que vivem. Seguidamente manipulados, estes se tornam disponíveis à violência e à loucura do terrorismo.

Para a sociedade francesa, quais serão as consequências de tudo que aconteceu?

Infelizmente as vítimas simbólicas desse massacre são acima de tudo os muçulmanos da França que se encontram em fogo cruzado. De um lado existem os assassinos que pretendem falar em seu nome. De outro uma opinião pública que pede para que eles demonstrem continuamente de que são diferentes e distantes dos assassinos. Para os muçulmanos é uma situação muito difícil. Se os terroristas são uma doença mortal, da sua maneira também a extrema direita é uma doença mortal, só que de outro tipo. Mas podemos produzir anticorpos.

Como?

Não devemos ceder ao medo dos outros. Não ceder ao terror é o melhor dos anticorpos.

A cultura pode contribuir?

Gostaria de responder que sim, mas infelizmente a experiência do passado nos ensina que não é verdade. A cultura não tem mais evitado as catástrofes. A Alemanha tinha a cultura mais avançada, mas essa não pode evitar a Shoah. A cultura pode alimentar as consciências, não pode desarmar os assassinos. O que naturalmente não significa que não devemos continuar a lutar contra todas as formas de intolerância e de violência.


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