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Novas realidades da indústria no Vale do Sinos

Foto: Pixabay – Public Domain

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Por: Marilene Maia e Nadine Steffen | 23 Junho 2017

Participando do debate sobre a evolutiva automação e precarização do trabalho – onde máquinas conquistam crescentemente o espaço de indivíduos – de maneira a otimizar processos e promover a competitividade dos mercados, o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - Observasinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, buscou analisar tal característica nos municípios do Vale do Rio dos Sinos. Para tanto, foram sistematizados os dados da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS para a série histórica iniciada em 2002, ponderando a participação dos oito setores da economia e dos subsetores industriais ao longo dos anos. A partir da evidência de queda da participação da indústria de transformação, desenvolveu-se um questionamento relacionando a movimentação do emprego para o mês de abril nos últimos 10 anos com o perfil dos trabalhadores por setor e ocupação, sexo, grau de instrução, faixa etária e horas de contrato, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED.

Desde 2014 a indústria nacional encontra-se em queda, e a participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto - PIB, que já foi de 21,6% em 1985, atingiu 11,4% no ano de 2015.

Os debates contemporâneos sobre a Quarta Revolução Industrial e o uso de tecnologias, como inteligência artificial, impressões 3D e internet das coisas, refletem mudanças na sociedade, nas relações cotidianas, na comunicação, nos negócios, e é evidente que assim também o seja dentro do chão de fábrica. É tempo de analisar esta realidade e suas complexas e contraditórias relações entre a tecnologia e a humanidade. Há novas exigências de mão de obra e perspectiva de perda de empregos, realidade da qual não se pode fugir, e assim como toda transformação profunda, deve encontrar alguma resistência.

Na Primeira Revolução Industrial, com o incremento de máquinas nas fábricas rapidamente a mão de obra foi sendo substituída, e o fato de ter habilidades não eximia a possibilidade de perder o emprego. A partir disso, constituiu-se o primeiro movimento operário de reivindicação: o Ludismo. Em 1811, os trabalhadores reagiram contra a mecanização do processo produtivo com a quebra de máquinas. Revoluções deixam para trás um modelo de vida e de mundo que não voltam mais.

Trajetória do emprego nos principais setores da economia do Vale do Sinos

Os dados permitem dizer que 99% dos empregos formais estão concentrados em cinco setores e, destes, 86% em apenas três setores da economia no Vale dos Sinos no período que compreende os anos de 2002 a 2015. Pode-se observar que os setores que mais cresceram foram de Comércio (representava 18,97% do total de empregos formais em 2010 e 20,96% em 2015) e de Serviços (28,43% em 2010 e 31,83% em 2015). A Indústria de Transformação segue como o setor que mais emprega no Vale do Sinos, apesar de ser o único indicador com queda no período, figurando com 38,78% de participação em 2010 e 33,63% em 2015. A Construção Civil, por sua vez, em aquecimento à luz dos incentivos governamentais e crescimento econômico entre 2002 e 2010, teve evolução de 93,4%, e a reversão entre 2011 e 2015 implicou uma queda de 26,1% no mesmo setor.

Assim, buscou-se investigar a queda dos empregos industriais, bem como o perfil dos trabalhadores envolvidos no Vale do Sinos. A Indústria Calçadista é a mais presente historicamente, sendo que em 2002 empregava 41,30%, passando para 29,70% dos trabalhadores industriais em 2015. Tal queda na participação entre os anos 2002 e 2015 foi de 36,10%, sendo mais acentuada entre 2011 e 2015 do que entre 2002 e 2010. É importante lembrar que o setor industrial decresceu e também houve migração entre os subsetores entre 2002 e 2015: indústria mecânica, crescimento de 37,04%, e indústria metalúrgica, crescimento de 24,3%, mantendo-se como segundo e terceiro principais; produção madeireira e mobiliária, crescimento de 70,7%; produção de alimentos e bebidas, crescimento de 65,7%, e indústria têxtil com crescimento de 22,6%, ambas com participação inferior a 7% no total de empregos industriais. Outros subsetores significativos ainda em 2015, como a indústria química (9,76% de participação) e a indústria de borracha, fumo e couros (9,22% de participação) mostraram trajetória de queda ao longo de todo o período.

Observou-se que pelo menos um terço dos subsetores apresentou retração entre 2002 e 2015. Dividido este período em dois, entre 2002 e 2010 um a cada três setores apresentou retração no nível de empregos, ao passo que entre 2011 e 2015 a relação foi de três em cada quatro destes. Pode-se justificar, assim, que a tendência para a Indústria de Transformação no Vale do Sinos em geral segue os indicadores a nível estadual e nacional de acordo com os ciclos econômicos.

Tão logo, se faz necessária a caracterização desse processo que desloca ou desarticula parcialmente a principal indústria da região do Vale do Sinos: a Indústria Calçadista. Fazem-se sumárias reflexões sobre a crescente competitividade dos produtos importados, pressionando por uma configuração de eficiência e menores custos de produção e distribuição, querendo focalizar aqui nos impactos sobre o mercado de trabalho e o perfil dos trabalhadores.

Ocupação: movimentações no trabalho industrial

Considerando todos os subsetores industriais presentes nos municípios, no mês de abril ao longo dos últimos dez anos, destacam-se pelo saldo negativo entre admitidos e desligados: Nova Hartz, Canoas, Sapiranga, Dois Irmãos e Araricá. O desemprego formal em Nova Hartz foi na média 3,7 vezes superior aos demais municípios, onde a indústria representa aproximadamente 64% do valor agregado bruto. Em Canoas esse percentual é de aproximadamente 30%, enquanto em Sapiranga, Dois Irmãos e Araricá é em média de 45% (segundo dados de Valor Agregado Bruto e Produto Interno Bruto dos municípios sistematizados pela Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul - FEE). Tal evidência em Nova Hartz é verificada quase totalmente na Indústria de Calçados, que explica mais de 98% do saldo negativo do emprego industrial.

Quanto às ocupações, na indústria calçadista os desenhistas técnicos e modelistas representaram a menor perda, ao contrário dos trabalhadores da confecção de calçados que se configuram como a ocupação de maior queda no número de postos de trabalho no setor industrial, seguidos por trabalhadores do tratamento de couros e peles. Em geral, embaladores e alimentadores de produção representam o saldo positivo, seguidos por trabalhadores de usinagem de metais e compósitos. Pode-se respaldar uma tendência de contração da cadeia produtiva, pois houve queda na participação dos empregos na indústria calçadista e, conjuntamente, na principal matéria-prima que esta utiliza: couros e peles.

Perfil dos trabalhadores nas cinco principais indústrias

Relembrando, a estrutura industrial do Vale dos Sinos é fortemente concentrada em cinco principais indústrias: Calçadista; Metalúrgica; Mecânica; da Borracha, Fumo, Couro, Peles e similares; e Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários e Perfumaria. Em um processo de transformação de tamanha grandeza, a distribuição se dá de forma desigual e algumas categorias de trabalhadores são mais prejudicadas que outras. Assim, passamos a uma investigação referente às características da movimentação de emprego nas indústrias do Vale do Sinos com base no mês de abril dos últimos dez anos, podendo ilustrar a evolução do mercado de trabalho.

Percebe-se que, de 2008 a 2015, homens perderam mais postos de trabalho que mulheres, e de 2016 a 2017 aconteceu o contrário, mais mulheres deixaram o emprego industrial. Em 2009 é registrado um crescimento do emprego que leva, em 2010, ao pico do período, com ampla inclusão de mulheres; dali para frente, com o início da trajetória de recessão econômica, ambos voltam a registrar perdas, chegando em abril de 2015 à saída de 661 homens dos empregos industriais. A diminuição de postos de trabalho na Indústria Calçadista atinge mais mulheres, situação diferente da realidade das demais indústrias.

Ao longo do período estudado, é registrada  a maior entrada de trabalhadores em idades entre 18 e 24 anos ou entre 30 e 39 anos, sendo que até 2014 as principais saídas se deram por trabalhadores com idades entre 25 e 49 anos. De 2015 em diante, acentuaram-se relativamente as saídas de trabalhadores acima de 40 anos, em especial daqueles entre 50 e 64 anos. Para o acumulado do período, trabalhadores a partir dos 25 anos tiveram todos saldos de movimentação negativos, sendo que a faixa que mais perdeu participação no emprego industrial foi entre 30 e 39 anos (52% dos casos).

Por outro lado, ao longo do período estudado, trabalhadores de até 17 anos sempre obtiveram movimentação positiva, ou seja, nota-se um ingresso dos jovens no mercado de trabalho. No entanto, não se pode tirar nenhuma conclusão quanto a sua manutenção no mercado de trabalho, porque os dados computam apenas admissões e desligamentos ao longo do mês. Apesar das oscilações, a faixa etária entre 18 e 24 anos também representou um saldo agregado positivo para o período. Por fim, pode-se interpretar a integração de força jovem na indústria como crescente nos últimos anos.

A partir da última interpretação, cabe a curiosidade acerca da escolaridade desses trabalhadores e as tendências de admissões e desligamentos que estão envolvidas. Trabalhadores com o 5º ano completo e, principalmente, com 6º a 9º ano do ensino fundamental foram os mais afetados por perda de empregos. Já os com até o 5º incompleto e ensino médio incompleto também apresentaram saldo negativo no agregado entre abril de 2008 e abril de 2017. Os demais graus de instrução configuraram saldo positivo. Observando evolutivamente, pode-se identificar uma tendência moldada a partir de 2011, que até então significava mais a participação dos graus de 6º a 9º ano do ensino fundamental e ensino médio completo. Já em 2013 a participação dos trabalhadores industriais com 6º a 9º ano do ensino fundamental é bastante reduzida, abrindo a preferência por ensino fundamental e médio completo nas admissões dos cinco principais setores industriais do Vale do Sinos. Outra observação é que as admissões de trabalhadores com curso superior incompleto ou completo foram se reduzindo ao longo dos anos.

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