Por: Cesar Sanson | 04 Julho 2016
"O PT parece errar como nunca. Mas este anti-marketing me dá impressão que nem sabem mais o que fazer e continuam aguardando o Pai Salvador", escreve Rudá Ricci, sociólogo, em artigo no seu blog, 01-07-2016.
Eis o artigo.
Algum marqueteiro de fundo de quintal sugeriu aos petistas assumir a vitimização e as teorias conspiratórias para gerar revolta. A tática é a mais pobre da história do partido.
Começou com a correlação de forças sempre desfavorável, a governabilidade na ponta da faca, passando pelo pior Congresso da República, uma crise internacional intransponível, chegando ao golpe inevitável.
Do golpe vieram as afirmações de envolvimento dos EUA, a traição de todos aliados e a caça seletiva do judiciário. O PT seria tão perigoso e revolucionário que não teria outro destino que o seu próprio fim. Antes, Lula seria preso. Todos os poderosos contra o PT, os mesmos que até ontem estavam nos seus governos dirigindo políticas levyanas.
Esta imagem de vítima calou fundo nos petistas e gerou o não planejado: o fatalismo imobilizador. Os petistas são, hoje, os brasileiros mais sombrios e depressivos do planeta. Todas notícias sobre ações contra líderes de outros partidos merecem um uníssono “não vai dar em nada” dos filiados do PT. Não sabem explicar o motivo de Lula ainda não ter sido preso, mas seria questão de dias. Não sabem o motivo de Cunha ter sido afastado da Câmara, mas ele não precisaria de cargo para mandar no país. Não sabem dizer o motivo de vazar o nome de Aécio em todas delações, mas o STF o protegeria. Não importariam as trapalhadas de Temer, já que ele é filho do Super Homem.
O fato e que o marketing invertido do PT gerou uma militância apática, fatalista e sem alma.
O PT parece errar como nunca. Mas este anti-marketing me dá impressão que nem sabem mais o que fazer e continuam aguardando o Pai Salvador.
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O anti-marketing do PT - Instituto Humanitas Unisinos - IHU