15 Junho 2016
A mãe é provavelmente a primeira pessoa que conhecemos. Primeiro porque somos gestados por elas e, depois, pela ligação que se estabelece através da educação. Entre praticamente todos os seres do reino animal é assim. O que muda é o conceito, como por exemplo, entre os povos indígenas e não indígenas. O Portal Amazônia conversou com um antropólogo para identificar as características e visão da mãe nos povos indígenas.
A nota é de Izabel Santos, publicada por Portal Amazônia, 14-06-2016.
“A ideia de mãe, como a maioria das pessoas têm, é mais nossa do que dos indígenas. Para eles, a mãe é uma figura mais difusa”, compara o antropólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Carlos Machado. “Existe a gestação, o nascimento, o período de aleitamento, igual para todas as mães. Afinal, são fases importantes”, explica. Mas os pontos em comum praticamente param por aí.
Entre alguns povos, passada esta fase, a mãe participa da gestão da vida do filho, mas em outros ela apenas gera a criança. Além disso, o significado de mãe vai além da genitora. “Ele é estendido para outras figuras. É quase uma coisa genérica. Para se ter uma ideia, em alguns povos, o termo usado para mãe é o mesmo usado para a irmã da mãe. Assim, se a criança tiver nove tias, na verdade ela tem dez mães”, explica. Entre os indígenas não há classes sociais, como a do homem branco. A coletividade é uma característica marcante entre eles.
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“Conceito de mãe é amplo para indígenas”, diz antropólogo do Amazonas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU