• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O que vai motivar o sim e o não do impeachment

Mais Lidos

  • As primeiras reações ao Papa Leão XIV podem enganar ou distorcer a compreensão. Artigo de Michael Sean Winters

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús. Uma palavra para riscar de nosso vocabulário: identitarismo! Artigo de Claudio de Oliveira Ribeiro

    LER MAIS
  • Da imensa vida de Pepe Mujica nasce a centelha de esperança para um futuro diferente para a humanidade. Destaques da Semana no IHU Cast

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

14 Abril 2016

"Mesmo com todos os defeitos do Estado, quando o regime democrático efetivamente dá-lhe sustentação, ele ainda é dos poucos poderes capaz de mudar essa direção. Repete-se sempre aqui a obviedade: por mais que a lei se afirme como garantia efetiva do bem comum", escreve Jacques Távora Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos.

Eis o artigo.

As planilhas de previsão dos votos necessários ao sim ou ao não do impeachment estão sendo conferidas hora a hora, num clima de extraordinária tensão e desconfiança de lado a lado, os lobbys favoráveis a cada um deles submetidos a uma tarefa insone de esforço argumentativo, junto a cada parlamentar, de resultado, até o momento, ainda indefinido.

Descontada a vergonha de uma decisão como essa, capaz de mudar uma administração pública inteira, um destino de governo e até de país, estar sendo presidida por um personagem sem nenhuma legitimidade para isso, resta ao povo tentar, pelo menos, identificar a motivação inspiradora de cada um dos grupos políticos em confronto.

Numa sociedade separada por classes, como a nossa, vítima de uma desigualdade social armada com grande capacidade de reprodução, o reflexo do principal efeito dessa realidade está muito presente em cada uma das partes postulantes da queda ou não da presidenta.

O poderoso peso econômico político do empresariado está, com muito raras exceções, posicionado a favor do sim. Sindicatos de trabalhadoras/es e movimentos populares de defesa dos direitos humanos fundamentais sociais, grande número de ONGs, entidades estudantis, intelectuais e artistas, com algumas exceções também, a favor do não.

Seria muito reducionista, assim, o diagnóstico de a decisão sobre o impeachment ficar restrita ao cálculo do efeito econômico dele derivado para o sim e para o não?

Pode parecer ingênua demais uma resposta negativa para essa pergunta, mas é essa que nos ocorre dar agora, a partir de algumas razões históricas, uma delas confirmada no encerramento de um dos eventos mais valorizados pelo empresariado, pelo menos no Rio Grande do Sul, o chamado Forum da Liberdade.

Segundo notícia veiculada pela imprensa de Porto alegre, sob a inspiração de que “o que move o mundo” é a empresa, o capital, o Forum se encerrou - como era aliás de se esperar - com críticas muito fortes ao chamado intervencionismo do Estado.

À luz de uma inspiração como essa, O Estado seria, portanto, um obstáculo para o mundo se mover...

Para uma tese tal ser confirmada, existe uma premissa lógica sob cujo questionamento ela precisa dar resposta convincente: de que mundo ela fala e em que direção ele se move? - Se é o mundo dos negócios, da circulação do capital e do dinheiro, esse comprovadamente não é comum, no sentido de ser o de todas as pessoas.

Até pelo contrário, está muito longe de chegar a todas/os, as estatísticas comprovando sua capacidade de concentração sob poucas mãos e o seu poder de excluir muitas. Por esse efeito, o Forum pode até continuar afirmando-se como inspirado em liberdade, mas se essa prosseguir impedindo libertação, o tão sonhado “bem comum” indispensável à primeira continuará também impedindo a segunda, um movimento de mundo sob direção despropositada e injusta.

Mesmo com todos os defeitos do Estado, quando o regime democrático efetivamente dá-lhe sustentação, ele ainda é dos poucos poderes capaz de mudar essa direção. Repete-se sempre aqui a obviedade: por mais que a lei se afirme como garantia efetiva do bem comum, esse é impossível num mundo que não seja comum e nesse, consequentemente, não vive nem liberdade nem justiça. Que ambas também podem ser vítimas do Estado, isso é sabido, mas só quando esse celebra aliança com uma direção cúmplice de uma classe social opressora e excludente.

Liberdade e justiça serão essas duas, mesmo, as principais motivações de quem vai votar o impeachment? 

À luz de quem está posicionado ao lado do sim, considerando-as como propriedade privada exclusiva de um mundo, o da sua própria classe, parece pouco provável. Por isso, independentemente de outras, as razões de quem está posicionado ao lado do não estão contando com um respaldo ético-político superior às que alegadamente sustentam o lado do sim. O paradoxo de o 'não' se posicionar ao lado do 'sim' à libertação e à justiça social, no caso, e o sim pretender dizer não às duas - mesmo a pretexto de defende-las - é o mesmo paradoxo que separa as classes sociais em luta nessa quadra da nossa história, refletido na votação do impeachment.

Que motivação ético-política e jurídica, obedece melhor ao tão sonhado bem comum, como ela deve responder à pergunta do que efetivamente move o mundo, que mundo é esse, e de qual economia, de que moral se trata nessa votação do impeachment? Uma síntese inspiradora de resposta para tais questões parece clara na contracapa do livro de Paul Ricouer “Amor e Justiça” (São Paulo: Paulus, 2008. Ali se diz que qualquer pensamento deste autor:

“Tende a demonstrar a proporção, as ligações, a dialética profunda, a tensão viva e fecunda entre amor e justiça que emerge no momento da ação, que ambos reivindicam. Ambos estão contidos numa economia da dádiva (grifos do autor), que excede a ética de que se pretendem as figuras e pela qual se sentem responsáveis. A lógica da superabundância está constantemente a desafiar, sem nunca se ter tornado menos necessária, a lógica da equivalência.”

Daí a nossa esperança, ainda que ingênua como advertimos acima, de a justiça, inseparável do amor, como ensina Paul Ricouer (outra ingenuidade?), presidir a votação do impeachment só garantindo liberdade à superabundância de quem já tem e pode muito, na medida em que não desrespeite a equivalência de quem não tem e não pode nada.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados