10 Março 2016
Diante do "arroubo da Europa", aparece a defesa dos valores que nos moldaram como uma civilização. Horas depois de que as organizações católicas que trabalham com os refugiados – Confer, Cáritas, Justiça e Paz e os jesuítas – mostraram sua "mais absoluta rejeição” diante do pré-acordo entre a UE e a Turquia para expulsar os refugiados da Europa, os bispos espanhóis juntaram-se à crítica e salientaram a “sua imensa dor” frente a esta medida.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 09-03-2016. A tradução é de Evlyn Louise Zilch.
"Não nos esqueçamos – sublinha em uma nota a Comissão Episcopal de Migrações – que por trás destes fluxos migratórios, em aumento contínuo, há sempre a desumanidade de um sistema econômico injusto onde o lucro prevalece sobre a dignidade", ou "a violência e a ruína geradas pela guerra, a perseguição ou a fome".
"Essas pessoas indefesas reivindicam com justiça nossa solidariedade", insistem os bispos espanhóis, que requerem "um discurso comum" na UE para "sensibilizar as nossas comunidades na defesa dos direitos dos refugiados e imigrantes e para fazer avançar o cultivo da cultura de acolhimento e integração destes irmãos".
Finalmente, os bispos fazem suas as palavras do Papa do domingo passado, convidando a "ajudar as pessoas que fogem da guerra e da violência, como as centenas de refugiados já acomodados na Itália, incluindo crianças doentes, pessoas deficientes, viúvas de guerra com filhos e idosos".
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Os bispos espanhóis denunciam a "desumanidade" do acordo UE -Turquia para expulsar refugiados - Instituto Humanitas Unisinos - IHU