16 Janeiro 2015
O governo decidiu que não vai mais socorrer a indústria automobilística, que, nos últimos anos, recebeu várias formas de estímulo fiscal, entre elas, a redução das alíquotas do IPI. As demissões de mais de 12,4 mil trabalhadoers no ano passado não comoveram Brasília. Questionado sobre a situação do setor, um ministro não titubeou: "O que a indústria precisa é de se expor mais" à concorrência externa, melhorar a competitividade, buscar novos mercados e exportar mais.
A informação é publicada pelo jornal Valor, 16-01-2015.
Se consagrada, essa mudança de postura será das mais simbólicas em relação ao primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Os dirigentes do setor automotivo, até então, eram temidos por ameaçar demitir trabalhadores se os incentivos não fossem mantidos.
O que está em curso é uma verdadeira "operação desmonte" de uma série de medidas adotadas entre 2011 e 2014 para estimular a economia a qualquer preço. O governo já recuou, por exemplo, do modelo de subsídio do setor elétrico concebido pela própria Dilma.
Interrompeu, também, as transferências de recursos do Tesouro para que o BNDES empreste a juros fortemente subsidiados.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, considerou como o "último baile da ilha fiscal" o aporte que o seu antecessor, Guido Mantega, fez em dezembro, de R$ 30 bilhões, para o banco de desenvolvimento. Segundo relato de um outro ministro, caberá ao BNDES daqui em diante, buscar mais recursos nas suas operações de tesouraria e não jutno à União.
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Governo nega socorro e quer montadoras mais eficientes - Instituto Humanitas Unisinos - IHU