14 Novembro 2014
O papa Francisco deu um pontapé num formigueiro. É assim que o vaticanista francês Jean-Marie Guénois define a iniciativa dele de pôr em discussão temas capazes de levar a mudanças no rumo da Igreja Católica. Seja ou não bem-sucedido, vai passar para a história como o pontífice que convocou um sínodo de bispos sobre a família para o debate de questões absolutamente polêmicas - tabus para muitos católicos leigos e religiosos, e para as quais os seus antecessores deram pouca ou nenhuma atenção: a homossexualidade e a comunhão para os casais de divorciados que se casaram de novo e atualmente não podem receber o sacramento.
A reportagem é de Paulo Brito, publicada pelo jornal Valor, 14-11-2014.
A ação do papa de fato sacudiu a igreja e pode ser o prenúncio de mudanças, ainda que elas demorem décadas para de fato ocorrer. Embora nos últimos 50 anos tenha evoluído em várias outras dimensões, com relação à sexualidade, por exemplo, a Igreja Católica permanece com as mesmas posições estabelecidas pelo Concílio de Trento, concluído em 1563, observa Carlos Alberto Libânio Christo, o dominicano Frei Betto. O sínodo e as recentes atitudes do papa Francisco, no entanto, abrem debates que poderão trazer mudanças capazes de continuar modernizando a igreja: "O papa Francisco teve a ousadia de pôr o dedo na ferida - não podemos continuar no cinismo, com uma prática pastoral diferente da doutrina. É preciso adequação: vamos então definir qual será essa doutrina. Ele, portanto, abriu o debate, e agora esse debate vai durar um ano. A palavra final sairá no sínodo ordinário, em outubro do ano que vem, já que este sínodo foi extraordinário", avalia Frei Betto.
Para o vaticanista italiano Sandro Magister, a decisão final sobre essas questões poderá ser do papa, que numa das suas falas durante o sínodo mencionou o rígido direito canônico para lembrar aos bispos seu poder "supremo, pleno, imediato e universal". Magister disse ao Valor acreditar que em relação aos divorciados a pressão do papa para que a hierarquia da Igreja Católica o siga pode conduzir a uma mudança muito mais ampla do que a simples comunhão - talvez um segundo matrimônio, com a dissolução do primeiro: "Isso é aceitável nas igrejas ortodoxas do Oriente e ele, Francisco, pouco depois de sua eleição como papa, disse que isso deve ser estudado pela Igreja Católica, no âmbito da pastoral do matrimônio."
Frei Betto observa que o papa pode mesmo utilizar-se da sua autoridade para impor essas preferências pastorais: "Pela estrutura da igreja, ele é o monarca absoluto, aliás o único do Ocidente, mas ele não parece querer utilizar esse poder. Prefere consultar e mostra os sinais de uma democracia, olhando com olhos civis e de colegialidade."
Os sínodos são reuniões realizadas a cada quatro anos. Foram instituídos pelo Concílio Vaticano II para a discussão de assuntos de interesse da igreja, mas até agora haviam sido convocados somente dois extraordinários: no primeiro, em 1969, o tema foi Cooperação entre a Santa Sé a as Conferências Episcopais; no segundo, em 1985, foi O XX Aniversário da Conclusão do Concílio Vaticano II. Anunciado um ano antes e reunido em Roma de 5 a 19 de outubro, o Sínodo Extraordinário Sobre a Família contou, em seus preparativos, com uma pesquisa enviada pelo Vaticano a arquidioceses do mundo inteiro, solicitando informações sobre nove temas, entre eles matrimônio "segundo a lei natural", união de pessoas do mesmo sexo e situações matrimoniais difíceis. O conjunto de respostas formou o cenário para as discussões que consumiram boa parte das duas semanas de sínodo.
A posição do papa sobre os temas pesquisados, no entanto, já era conhecida havia bastante tempo e em nenhum momento ele se preocupou em escondê-la. Uma das evidências: em 12 de janeiro, na tradicional cerimônia de batismo na Capela Sistina, batizou o filho de uma mulher solteira e a filha de um casal unido apenas pela lei civil italiana num cartório de Roma. Depois, no dia 14 de setembro, ao retomar a celebração dos casamentos dominicais, abandonada por Bento XVI, fez o matrimônio de 20 casais também na Capela Sistina, entre eles o de uma mãe solteira com um homem divorciado. O recado de Francisco foi muito claro: a igreja precisa de mudanças para acolher mais pessoas.
Logo depois do sínodo, o cardeal de Munique, d. Reinhard Marx, deu uma entrevista entusiasmada ao semanário "Der Spiegel", na qual afirmou: "As portas estão abertas - mais do já estiveram desde o Concílio Vaticano II". Para ele, o fato de os três parágrafos sobre as duas questões polêmicas do sínodo não terem sido aprovados com dois terços dos votos dos bispos para entrar no documento final do encontro não representa derrota ou retrocesso nas posições do papa e de progressistas como ele próprio. "Quem pensa assim não observou a igreja nos últimos 18 meses. Até agora, essas questões eram inegociáveis. Ainda que não tenham conseguido dois terços dos votos, foram aprovadas pela maioria dos bispos", ressaltou.
Jean-Marie Guénois acha que a meta do papa para o sínodo foi atingida: "Ele queria abrir um debate para mudar as posições e resolver problemas críticos. As posições opostas foram expressas livremente e o papa foi capaz de medir os argumentos, a recusa ou aceitação de mudanças. Isso significa que a votação dos bispos não vai impedi-lo de tomar uma decisão depois da segunda sessão do sínodo. O que vai ser difícil, porque ele quer conciliar a indissolubilidade do matrimônio com um possível acesso, em alguns casos, à comunhão para divorciados que voltaram a se casar. Mas o clima e as mentes foram preparados para mudanças em um tópico que muitas pessoas consideravam congelado".
O discurso renovador do papa Francisco e sua prática pastoral representam a retomada de uma linha evangélica, mais voltada para o público, para ações sociais, solidariedade e respeito à dignidade, opina o teólogo Faustino Teixeira, professor de pós-graduação em ciência da religião na Universidade Federal de Juiz de Fora. "A estratégia mais interessante é que o papa Francisco se pauta na perspectiva evangélica. Diferentemente dos papas anteriores, que se firmavam muito em documentos doutrinários, ele se firma no Evangelho. Isso marca todas as reflexões que faz, referenciando sempre a prática de Jesus e sobretudo com uma grande sensibilidade pastoral. É um traço muito forte dele, de abrir a igreja, de abrir as discussões, reforçar a dinâmica da colegialidade, quebrar um pouco a centralização. Mas, apesar da sua ousadia, a situação é muito delicada na Igreja Católica - percebemos que as resistências estão aí e estão se manifestando", comenta.
Para Teixeira, os temas polêmicos abordados pelo papa indicam que a igreja está em descompasso com a história: "Ele está fazendo uma tentativa de ouvir o clamor do tempo. No caso do impedimento dos divorciados ao sacramento da comunhão, há um choque com a sua sensibilidade pastoral. O papa é respaldado, por exemplo, pelos cardeais alemães, mas terá a resistência de outros, como os africanos e brasileiros".
O doutor em teologia e ex-frade Leonardo Boff concorda: "Toda mudança significa um despojamento, uma vontade de alimentar uma pobreza espiritual e afinar-se aos sinais dos tempos pelos quais o Espírito nos fala. Não devemos alimentar um conceito fúnebre de Deus e de Jesus, como se tivessem ficado no passado e entregue um livro, o 'Novo Testamento', e uma hierarquia para nos guiar", disse ao Valor.
Boff conhece bem os obstáculos que o papa terá de transpor para conseguir fazer mudanças: "Há muita resistência nos prelados conservadores e principistas. Não veem a mudança dos tempos e a exigência de acompanhar as pessoas desses tempos. Por isso lhes custa abandonar os velhos preconceitos e estigmas morais contra os homoafetivos. Mas o papa deu declarações, defendendo-os a ponto de dizer que eles 'trazem qualidades e virtudes' importantes para a igreja. Creio que o papa tem autoridade de criar ou até impor um consenso aos padres sinodais. Quanto aos divorciados, penso que saberá assumir as práticas de várias igrejas locais, que já permitem a eles se aproximar do sacramento da eucaristia e receber uma bênção especial para suas novas uniões. A igreja manterá a indissolubilidade do laço matrimonial, mas saberá tratar com realismo a fragilidade da condição humana e reconhecer que a nova união também deve ser colocada diante de Deus. E, se há verdadeiro amor, aí Deus está, segundo a lição do 'Novo Testamento'", comenta Boff.
A esse respeito, o teólogo Massimo Faggioli, professor do Departamento de Teologia da Universidade de St. Thomas, em Minnesota, disse ao Valor acreditar que há no papa um genuíno impulso para restaurar o equilíbrio daquilo que é importante no Evangelho. "Ele utilizou muitas vezes uma expressão que vem do Concílio Vaticano II, que é a hierarquia das verdades: existem algumas coisas mais importantes do que outras, e a orientação sexual, por exemplo, não é o elemento mais importante quando se fala em dignidade da pessoa humana", afirma.
Embora haja em algumas regiões do mundo uma migração de católicos para outras religiões, não é esse problema que move o papa Francisco em direção a um acolhimento dos gays e divorciados, opina o teólogo da St. Thomas: "O papa Francisco com certeza está abrindo a igreja a membros não tradicionais, especialmente os gays, mas eu acho que essa decisão não é totalmente influenciada pelo fato de muitos católicos terem deixado a igreja, ainda que representem um grupo grande; nos Estados Unidos eles seriam o segundo maior grupo religioso. O importante é que ele está abordando a questão dos gays e dos divorciados e recasados de uma perspectiva pastoral, à luz do Evangelho, e não com base na lei canônica ou numa tradição cultural em particular", explica.
Com sua posição, o papa já está conseguindo atrair pessoas que estavam machucadas, feridas com o tratamento que a igreja deu a elas, acredita a teóloga Lídice Meyer, professora de pós-graduação em ciência da religião na Universidade Mackenzie: "Há uma atração para a volta delas, mas é importante lembrar que em momento nenhum está sendo dito que isso pode ser feito sem uma espécie de cuidado especial". Enquanto o papa anterior, Bento XVI, trabalhava com um enfoque mais doutrinário, Francisco é mais pastoral, nota Lídice. "Francisco não é teólogo de escrever ou esquematizar doutrinas. Ele tenta, na verdade, reformar a parte pastoral da igreja. A visão dele sobre esses assuntos é oposta à de Ratzinger, e ele foi bem claro quanto a isso. Desde a Jornada Mundial da Juventude, o papa se mostrou mais aberto a essas situações."
Ela admite que desde a publicação do Catecismo Católico de 1992 já se tem uma reflexão a respeito desses assuntos: "Mas não existe inclusão, essa é a verdade. Um casal divorciado que anula o casamento continua excluído da comunhão".
Boff acrescenta que no caso dos homossexuais o catecismo acolhe no sentido de respeitá-los, mas a opinião comum é que a homoafetividade representa uma anomalia. "Mas assim não pensa a maioria dos cristãos com alguma cultura científica e teológica. Há várias formas de convivência sob a vigência do amor; o matrimônio cristão não é a única e exclusiva. O que conta, efetivamente, não é o laço jurídico, mas a relação de afeto e amor entre os parceiros. Esta deve ser entendida como essencial, defendida e alimentada."
É muito diferente, porém, a opinião dos bispos conservadores. Um dos mais radicais, o arcebispo de Filadélfia, Charles Chaput, deu uma entrevista três dias após o encerramento do sínodo declarando-se muito "perturbado" pelo debate sobre os gays e divorciados no evento. "Acho que confusão é uma coisa do demônio e acho que a imagem pública passada de lá foi de confusão", declarou. Outro crítico do papa, o arcebispo Thomas Tobin, de Providence, comentou sobre o sínodo: "O conceito de ter um órgão representativo de votação da igreja em aplicações doutrinárias e soluções pastorais me parece algo bem protestante". Uma de suas queixas contra Francisco é sua falta de atenção aos temas relacionados à vida, como o aborto.
Os bispos americanos se notabilizaram por defender pontos de vista alinhados com o pensamento conservador dos dois papas anteriores a Francisco, observa o vaticanista italiano Andrea Tornielli, mas ele considera que o dedo do novo papa já está transformando também essa situação: nomeou o arcebispo Blase Cupich para a arquidiocese de Chicago, em substituição a Francis George, de 77 anos, que está doente, indicado por João Paulo II. Em vez de morar na residência episcopal de US$ 14 milhões, Cupich vai morar na casa paroquial da Igreja do Santo Nome - assim como Francisco mora na Casa Santa Marta, com outros cardeais, e não no amplo apartamento reservado aos papas no Vaticano.
Reações contra possibilidades de mudança na igreja ocorrem até mesmo no Brasil, onde o padre Roberto Francisco Daniel, da Diocese de Bauru, foi exonerado das funções de sacerdote e excomungado pelo bispo d. Caetano Ferrari em 29 de abril do ano passado. Daniel, de 49 anos, não se declara homossexual, mas reconhece a existência dos homossexuais e de seus direitos em publicações na internet (ele acaba de lançar o livro "Jesus e a Sexualidade). "O bispo exigiu que eu removesse as publicações e pedisse perdão, mas me recusei porque me sinto defendendo uma situação justa. Sei que estou do lado da humanidade e do Evangelho, cujo centro é o amor às pessoas e à vida."
A inércia, como a dos bispos conservadores americanos e de tantos outros, reforçada por João Paulo II e Bento XVI, será a principal dificuldade para o papa Francisco transformar a igreja, de acordo com Boff: "Eles foram papas claramente conservadores e com dificuldades de entender o mundo moderno, que era tido como uma decadência da síntese cristã medieval. Muitos fiéis seguiram essas linhas dos papas, pela reverência que tributam a eles, e em alguns chega a ser uma espécie de 'papolatria' - têm dificuldades de se adaptar e de ver que o comportamento do papa Francisco e seus discursos estão mais próximos do Evangelho e da tradição de Jesus, mais próximos de Belém do que do palácio de Herodes em Jerusalém ou do palácio dos imperadores em Roma".
Paul Freston, professor de religião e cultura na Universidade Wilfrid Laurier em Waterloo, Canadá, não se surpreendeu com o resultado da votação dos parágrafos sobre os gays e sobre os divorciados, que não alcançaram dois terços do total e ficaram fora do documento. "Mas já é um primeiro passo em direção às mudanças que o papa deseja." Atualmente, segundo ele, a maioria das religiões protestantes aceita realidades contemporâneas, como a contracepção e o divórcio, "às vezes tapando o nariz". "Já com relação aos homossexuais, algumas aceitam, outras estão um pouco hesitantes e outras ainda são muito mais resistentes do que a católica", afirma Freston.
Essa atitude conservadora e afastada da realidade causa boa parte da perda de fiéis da Igreja Católica, na opinião dele. "Há um conservadorismo que perdeu o contato com a realidade. Na questão da contracepção, por exemplo, os católicos em geral aceitam o que a igreja diz, mas não obedecem, não vivem aquilo que a igreja recomenda."
O luterano Rudolf von Sinner, professor de teologia na Escola Superior de Teologia, um centro universitário de São Leopoldo (RS), acha que os movimentos de mudança liderados pelo papa têm entre seus objetivos manter unida a Igreja Católica, hoje uma comunidade de um bilhão de fiéis. "A Igreja Católica representa metade da cristandade", comenta Von Sinner. "O que o papa quer, na verdade, é que os fiéis continuem se identificando com essa igreja e não a abandonem por vergonha da existência de padres pedófilos ou de outras posturas negativas que atinjam os sentimentos das pessoas. Acho que a preocupação do papa é que essa igreja seja acolhedora e com a qual os fiéis possam se identificar." Por isso, explica, a posição de Francisco "é mais voltada ao diálogo, e de ouvidos abertos - tanto que a pesquisa antes do sínodo foi feita não só com os religiosos, mas também com os leigos".
A pesquisa, segundo Sinner, mostrou que, em relação a medidas contraceptivas, divórcio e casamento, há opiniões muito diferentes da doutrina e da moral católicas. Mas ele lembra que, apesar disso, por enquanto nada mudou - o grande avanço ainda não é na doutrina ou na moral católicas. "Na questão da homossexualidade, por exemplo, se ela é pecado ou não, isso ainda não mudou".
De acordo com Teixeira, da UFJF, embora o catolicismo continue forte no Brasil, ele vem perdendo terreno, conforme registram suas pesquisas baseadas em dados do IBGE. Os dados do último censo (2010) indicam que houve uma queda recorde da população católica entre 2000 e 2010: passou de 73,6% para 64,6% dos brasileiros. São agora 123 milhões de pessoas, conforme o censo. O segundo maior grupo religioso é o dos evangélicos, com 22,2% (ou 42 milhões), dos quais a maioria é de pentecostais, enquanto os protestantes históricos permanecem estacionados, com 4% da população. "Em terceiro lugar está o grupo dos sem-religião com 8% ou 15,3 milhões de pessoas."
Um relatório de 2012 do Pew Research Center citado por Teixeira em seu último livro ("O Censo de 2010 e as Religiões no Brasil") indica que 31,5% da população mundial, ou 2,2 bilhões de pessoas, é cristã; o islamismo vem em segundo lugar, com 23,2% (1,3 bilhão de pessoas); e os não afiliados (sem religião) formam o terceiro maior grupo, com 16,3% ou 1,12 bilhão de pessoas. Paul Freston acha que as teses defendidas pelo papa e medidas que favoreçam as vocações sacerdotais podem fortalecer e ampliar esse universo católico: "O complicado é que a Igreja Católica tem de ser global e levar em conta sua realidade de uma fé global, com adeptos no mundo inteiro".
Leonardo Boff acha, nesse caso, que "ou a igreja acompanha a nova fase da humanidade, que é planetária e se torna também ela planetária, possivelmente como uma vasta rede de comunidades, ou ficará como uma porção irrelevante do Ocidente. A mensagem de Jesus é universal e deve poder ser ouvida, como em Pentecostes, por todas as línguas hoje existentes".
Otimista com relação à possibilidade de mudanças, embora lentas, nos rumos da igreja, o historiador Rodrigo Coppe, professor de ciência da religião na PUC Minas, lembra que ela é hoje uma das instituições que mais defendem a liberdade religiosa: "Mas, cem anos atrás, isso era impensável. Temos de admitir que é uma instituição que caminha muito lentamente e as transformações dela se dão também de maneira lenta". "O papa Francisco não vai mudar a doutrina em si, mas muda o tom e a forma de falar da instituição. O estilo dele é de se aproximar muito das pessoas, diferente de Bento XVI, que é um intelectual, um teólogo, que não parece confortável na aproximação com as pessoas." Lídice Meyer, do Mackenzie, acrescenta: "É o primeiro papa que trabalha com o Twitter - o cardeal Ratzinger jamais faria isso".
Na interpretação do diácono e jornalista Pedro Fávaro Jr., o que o papa Francisco está pedindo aos bispos, padres, diáconos e leigos é simplesmente uma visão mais pastoral do que doutrinária, dogmática e ritualística do mundo: "Então, quando Francisco fala de batismo, ele não quer que entendam que batizar é mergulhar alguém na água ou aspergir a cabeça de alguém com água. A missão de batizar é mergulhar as pessoas no amor do Cristo".
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O papa de um novo tempo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU