Por: Cesar Sanson | 10 Junho 2014
Onze pessoas que colocam suas vidas em risco e são criminalizadas por defender direitos fundamentais. Essa é a seleção da campanha “Linha de Frente: Defensores de Direitos Humanos”, que vai ser lançada nessa terça (10), às 10h, em coletiva de imprensa, e a partir das 18h, em atividade cultural, em São Paulo. O objetivo das organizações Justiça Global, Terra de Direitos e Front Line Defenderes, que promovem a iniciativa, é sensibilizar a opinião pública a respeito das sistemáticas violações de direitos no país do futebol.
A reportagem é do portal Terra de Direitos, 09-06-2014.
Se por um lado o Brasil é signatário de diversos tratados e convenções internacionais de Direitos Humanos, isso não corresponde à dura realidade de ameaças sofridas pelos que lutam por direitos individuais, políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais no país. Ao invés de serem reconhecidos por promoverem avanços na democracia e terem sua luta garantida pelo Estado Brasileiro, os defensores são perseguidos e criminalizados por empresas e pelo próprio Estado.
Quem são eles? Conheça os casos.
A campanha aborda onze casos de defensores e defensoras de direitos humanos, recuperando a luta política que perpassa as suas vidas e de suas comunidades. Originários de diversas partes do território nacional, eles têm trajetórias de enfrentamento em diferentes temas. As recentes violações em nome da realização de megaeventos no país são relatadas e vivenciadas por Vitor Lira, do Rio de Janeiro. A mãe Débora Silva, de São Paulo, relembra a força e a luta das vítimas de violência policial nas periferias urbanas das cidades brasileiras. As dificuldades e enfrentamentos da luta LGBTT são trazidas à tona por Indianara Siqueira, do Rio de Janeiro, e Márcio Marins, do Paraná.
Já a militância do povo Tupinambá pelo reconhecimento de sua identidade indígena e de seu território é narrada a partir da história do Cacique Babau, da Bahia. A resistência quilombola na luta pelo respeito ao território e à herança africana são representadas por Rosivaldo Correia, do Pará, e Rosemeire Santos Silva, da Bahia. Do Mato Grosso do Sul vem a luta Guarani-Kaoiwá pela demarcação de seus territórios, representada na figura do Cacique Ládio Veron. A vulneração dos modos de vida tradicionais de pescadores e ribeirinhos ecoam nas histórias de João do Cumbe, do Ceará. Já os conflitos agrários e as violações de direitos sistematicamente vivenciados no campo são contados através dos relatos de Laísa Santos Sampaio e Osvalinda Pereira, do Pará.
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Às vésperas da Copa, time de ameaçados lança campanha por direitos no Brasil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU