Por: Cesar Sanson | 30 Outubro 2013
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nessa terça-feira que o governo está acelerando a busca de um diagnóstico mais preciso sobre o movimento Black Bloc no Brasil para ter uma atuação mais eficaz contra ações de vandalismo durante manifestações populares no país. Segundo ele, é preciso ir à raiz do problema para resolvê-lo.
A reportagem é de Danilo Macedo e publicada pela Agência Brasil, 29-10-2013.
“Estamos em diálogo com a polícia, com as autoridades dos estados e também com a sociedade, com os movimentos juvenis, buscando ter rapidamente esse diagnóstico porque a simples criminalização imediata não vai resolver”, disse Carvalho.
Segundo o ministro, a polícia deve fazer o combate à destruição, mas é preciso conhecer mais o movimento Black Bloc que vem atuando nos protestos pelo país desde junho. Ele disse que uma das maiores dificuldades é ausência de interlocutores do movimento para dialogar com o governo.
“A linguagem aparente, insisto, aparente, é muito da destruição, da negação. Agora nós precisamos de alguma forma ter alguma ponte. Estamos buscando com muita força esse diálogo para que consigamos achar uma saída eficaz porque a repressão é necessária, mas só reprimindo não vamos resolver na profundidade o problema”, disse.
Carvalho disse que concorda com a afirmação de algumas pessoas sobre a população ter ficado, de certa forma, “refém” do movimento. “O próprio esvaziamento das manifestações mostrou isso. A população começou a recuar frente à violência”, disse. “O que nós queremos é impedir a violência, mas, ao mesmo tempo, ir à raiz do problema para entender essa questão e tomar medidas que resolvam”.
Black Bloc é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual pessoas que têm afinidades, mascaradas e vestidas de preto, se reúnem durante as manifestações. O grupo tem atuado principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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Governo quer conhecer grupo Black Bloc, diz ministro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU