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Em Campina Grande, agricultores trocam sementes e experiências de convivência com o Semiárido

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30 Outubro 2013

“Quem somos? Camponeses! O que queremos? Terra, trabalho e justiça!”, bradaram cerca de 300 pequenos produtores do Semiárido na abertura do 3º Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido, iniciado ontem (28) em Campina Grande (PB).

A reportagem é de Luciano Nascimento, publicado pela Agência Brasil/EBC, 29-10-13.

O evento é focado na troca de experiências de convivência com o Semiárido, região onde vivem mais de 27 milhões de pessoas, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que abrange 1.133 municípios do Nordeste e do norte de Minas Gerais.

A região traz grandes desafios, desde o acesso à terra, mas também de convivência com condições adversas, como a estiagem prolongada, a preservação do ambiente e a Caatinga, bioma tipicamente brasileiro.

“Nosso objetivo é construir a convivência com o semiárido, fugindo do velho jargão de combate à seca, mas buscando criar estradas para uma vida digna no semiárido”, declara Naidson Batista, um dos coordenadores da Articulação do Semiárido (ASA), instituição organizadora do evento, que reúne agricultores dos nove estados da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais.

No primeiro dia do encontro, uma feira com a produção dos estados foi montada para dar visibilidade e trocar o conhecimento acumulado das famílias. Peças artesanais feitas de couro e de vegetais, produtos como farinha de mandioca, de milho, compotas, geleias, biscoitos e sementes, produzidas de forma sustentável, foram apresentadas. Os agricultores também compartilharam as chamadas sementes crioulas, adaptadas para o plantio na região.

“A sabedoria para fazer isto [a convivência] está na vida, na experiência dos agricultores e agricultoras. São eles que vêm criando estas experiências há anos”, destaca Batista.

Um bom exemplo é o de Dorotéia Maria da Conceição, 72 anos, moradora do município de Arcoverde, no sertão de Pernambuco. Dora, como gosta de ser chamada, estava na feira comprando sementes do chamado milho crioulo, produzidas no sertão de Alagoas.

“Isto é semente de geração. Estou com 72 anos e meus avós plantavam isso aqui. A gente pode plantar várias vezes que ela vai brotar. As outras [comerciais] depois de três anos não dão mais nada”, diz mostrando orgulhosa um saco cheio de sementes de milho crioulo.

Dorotéia conheceu as sementes em outros intercâmbios de agricultores e agora está levando as amostras para a região onde iniciou, este ano, um banco de sementes, ligado à associação de agricultores familiares. Lá, dez pessoas guardam diferentes variedades de sementes de milho, feijão, abóbora, fava, entre outras. “Estamos começando de pouquinho, até para quando estiver na seca, a gente não ter que precisar das sementes oferecidas pelo governo”, relata. “Agora, eu só estou esperando a chuva para plantar”, diz, com um riso no rosto.

“Se guardar tem, viu!”, intervém ‘seu’ Sebastião Damasceno, morador de Santana do Ipanema, no sertão alagoano. Seu Sebastião é o produtor das sementes compradas por Doroteía.

“Isso é milho jaboatão”, diz. “Vem desde o meu avô, nós preservamos a nossa semente que tem boa germinação e não é produzida com veneno, não perde a sua força, sua pureza”, assegura o agricultor, de chapéu de couro.

“Pode guardar, viu! Quem guarda, tem”, repete Sebastião, enquanto mostra o feijão rim de porco, assim chamado pela sua forma, outra variedade produzida por seu banco de sementes, que produz mais de 50 variedades, como melancia, abóbora, gergelim, coentro e pimentão.

É enfático na defesa da agroecologia. “O que promove a sustentabilidade é a diversidade. Nós não usamos pesticida, produzimos de forma consorciada, não temos monocultura que tira a força da terra”, diz, enquanto mostra diversas sementes de mucuna verde, que chegaram até Sebastião por meio da troca de experiências com agricultores do semiárido mineiro. A leguminosa não é comestível, mas pode ser usada para transferir nutrientes, como o nitrogênio, ao solo, “de forma natural, sem ter que usar mão de pesticida”, explica.

De acordo com Batista, o trabalho da ASA é auxiliar os trabalhadores no aperfeiçoamento de suas próprias tecnologias, e cita como exemplo a construção de cisternas para captação da água da chuva no período de inverno. As cisternas ajudam as famílias a superar os prolongados períodos de seca, como o deste ano, considerado pelos agricultores, um dos piores dos últimos anos. “Se nessa seca tivemos menos problemas que nas anteriores, é porque houve processos que favorecem a convivência com o sertão”, diz.

A organização atua na articulação e assistência técnica dos produtores familiares da região, replicando diferentes tecnologias de convivência com o semiárido. E já auxiliou na construção de 900 mil cisternas, que impactou na vida de 4,5 milhões de pessoas.

“Agora as pessoas não precisam bater na porta de prefeitos e vereadores, atrás de carros-pipa”, pondera Batista, que critica grandes empreendimentos voltados para o combate à seca, como a transposição do Rio São Francisco. “Elas promovem a concentração de água, buscam levar água para os grandes açudes que pertencem aos grandes produtores, promovem a concentração das águas. A água não chega para quem precisa, pois essas pessoas moram em lugares esparsos e nós precisamos é democratizar”.

O 3º Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido vai até quinta-feira (31). Com base em testemunhos, os agricultores analisarão como estão enfrentando os períodos de estiagem. Eles também vão debater propostas de políticas públicas para o fortalecimento das redes de agricultores para a convivência com o semiárido, com representantes de órgãos do governo, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Rural (Emater).


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