Por: André | 31 Julho 2013
A Congregação para os Religiosos, com a aprovação do Papa Francisco, decidiu, em 11 de julho passado, realizar uma investigação sobre a Congregação dos Freis Franciscanos da Imaculada, ordem religiosa na qual a espiritualidade do “poverello” de Assis esteve acompanhada, durante os últimos anos, de uma atenção predominante para a liturgia tradicional.
A reportagem é de Alessandro Speciale e publicada no sítio Vatican Insider, 30-07-2013. A tradução é do Cepat.
A investigação, pode-se ler no decreto do “ministério” vaticano para as ordens religiosas, quer “tutelar e promover a unidade interna dos Institutos Religiosos e a comunhão fraterna, a adequada formação para a vida religiosa e consagrada, a organização das atividades apostólicas” e “a correta gestão dos bens temporais”.
A decisão foi tomada após a visita apostólica que começou em julho do ano passado e que foi conduzida pelo Mons. Vito Angelo Todisco. Quem vai dirigir temporariamente a ordem, com o encargo de “delegado apostólico”, será o frei capuchinho Fidenzio Volpi.
O decreto informa que o Papa Francisco dispôs que os freis da ordem deverão, a partir de agora, “celebrar a liturgia segundo o rito ordinário”, isto é, a missa pós-conciliar nas línguas locais, ao passo que a celebração da missa em latim, com o rito tridentino – liberalizada por Bento XVI com o Motu Proprio “Summorum Pontificum” – “terá que ser autorizada explicitamente pelas autoridades competentes, para cada religioso e/ou comunidade que fizer o pedido”.
Depois do Motu Proprio de 2007 do Papa Ratzinger, os Franciscanos da Imaculada haviam decidido adotar a “forma extraordinária” do rito romano, ou seja, a missa tridentina, como seu rito principal; para suas monjas, o uso deste rito era exclusivo.
Mas, agindo desta maneira, se expuseram à “instrumentalização” por parte de alguns grupos tradicionalistas, explicou ao Vatican Insider o porta-voz da ordem, o padre Alfonso Maria Bruno. Mas, depois, inclusive tentaram oferecer-se como intermediários nas negociações, que teriam fracassado, entre o Vaticano e os lefebvrianos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
Segundo o padre Bruno, em uma sondagem realizada durante a visita apostólica, a maior parte dos membros da ordem disse estar de acordo com a celebração exclusiva da missa antiga, “sobretudo na pastoral das paróquias na Itália e nas missões”.
Em alguns casos, de fato, o velho rito “não foi bem acolhido”. Apesar do valor da missa tridentina, indicou o porta-voz dos Franciscanos da Imaculada, “se as pessoas não entendem, a mensagem não passa”.
“Os freis acolhem com respeitosa obediência e espírito sobrenatural as providenciais disposições da Sé Apostólica e, como filhos da Igreja, oferecem sua absoluta colaboração”, concluiu o padre Bruno.
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Investigação sobre os Franciscanos da Imaculada - Instituto Humanitas Unisinos - IHU