04 Junho 2013
A senadora Kátia Abreu, baluarte na defesa do agronegócio, em entrevista ao jornal Opção, do Tocantins, ressaltou a identidade com a presidenta Dilma, na defesa do agronegócio. Kátia diz que Lula não tinha uma compreensão tão clara da agropecuária brasileira como Dilma tem. A seguir, trechos da entrevista que foi publicada originalmente no final de abril de 2013, mas pouco repercutiu no sudeste.
A informação é publicada pela Agência Petroleira de Notícias, com informações do Jornal Opção, do Estado de Tocantins.
A senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD), foi uma das vozes mais críticas do governo Lula e hoje se tornou uma aliada de primeira hora da presidente Dilma Rousseff. Questionada sobre o que mudou, a líder do agronegócio garante que não foi ela. “Meu ponto de vista não mudou em nada. Os governos anteriores não tinham uma compreensão tão aberta da agropecuária brasileira como a presidente Dilma tem demonstrado”, ressalta a senadora, para completar que quem mudou foi o governo do PT.
Kátia Abreu faz questão de destacar que sua aproximação com a presidente não se deu no campo político-ideológico, e sim no campo das ideias na defesa do agronegócio brasileiro. Mas afirma que considera Dilma uma petista diferente. “Não só eu como um grande segmento do país, não identifica a presidente Dilma como petista na sua essência, ela é quase uma mandatária suprapartidária, que defende os interesses do país de forma racional conversando com todos os segmentos”, defende a senadora, que afirma ter muitas semelhanças com a presidente da República.
A líder ruralista anuncia que a CNA abriu escritório de negócios na China para tentar conquistar mercado para os produtos brasileiros e captar recursos para financiamento das obras de infraestrutura que o País precisa para ampliar a sua produção de alimentos. A senadora observa que o Brasil não pode repetir o erro do passado (quando perdeu a ALCA) e perder novamente a oportunidade de conquistar um mercado gigantesco. “A China está insistindo para que o Brasil seja o mercado e o parceiro preferencial e eu acho que as iniciativas estão ainda lentas nesse sentido”, reclama a presidente da CNA, dizendo que tem procurado fazer a sua parte.
Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção, a presidente da CNA fala ainda da grande transformação que vem acontecendo no campo. A dirigente lembra que no passado o sonho dos governantes era ver o Brasil industrializado. “O Brasil tinha vergonha da sua vocação rural. Hoje esse jogo virou, hoje nós somos a fazenda do mundo, só que uma fazenda tecnificada, uma fazenda de inovação, com alta produtividade e que é orgulho para o mundo inteiro.” (Jornal Opção/Tocantins)
Dilma atende pleito de Kátia Abreu
Em notícia mais recente, de 2 de junho, o Jornal Opção divulga que a parceria entre o governo federal e a porta-voz dos ruralistas vai de vento em popa. Katia Abreu anuncia a liberação de verba para a construção de 16 mil casas populares na região do Bico do Papagaio, dentro do Programa Minha Casa Minha Vida com recursos do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU). Anúncio feito na terça-feira, 28/5, pela senadora depois de encontro com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. O Tocantins passa a ser o primeiro Estado a ter um conjunto de municípios, ao todo são 25, atendidos integralmente pelo programa.
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“O que me aproxima da presidenta Dilma é a concordância de ideias”, diz Kátia Abreu - Instituto Humanitas Unisinos - IHU