Por: André | 19 Abril 2013
A Igreja não pode ser uma “baby-sitter” dos cristãos, deve ser “mãe” e, por isso, os leigos devem redescobrir sua responsabilidade de batizados. Assim se manifestou Francisco, nesta quarta-feira, durante a missa que presidiu em Santa Marta, dirigida a um grupo de funcionários do Instituto de Obras da Religião, o Banco Vaticano.
A reportagem é de Jesús Bastante e publicada no sítio Religión Digital, 17-04-2013. A tradução é do Cepat.
Segundo aponta a Rádio Vaticana, o Papa destacou que “os primeiros cristãos tinham somente a força do batismo” que “lhes dava essa coragem apostólica, a força do Espírito” inclusive nas perseguições. Os primeiros cristãos “deixaram suas casas, levaram consigo poucas coisas; não tinham segurança, mas foram de lugar em lugar anunciando a Palavra. São simples fiéis, apenas batizados há um ano ou pouco mais, talvez. Mas tinham essa coragem de ir anunciar”.
“Eu penso em nós, batizados; se nós temos esta força, e penso: mas nós cremos em que o batismo basta, que é suficiente para evangelizar?”. Muitas vezes “a graça do batismo está um pouco reclusa e nós estamos reclusos em nossos pensamentos, em nossas coisas. Ou, às vezes, pensamos: ‘Não, somos cristãos, recebi o batismo, fiz a crisma, a primeira comunhão, tenho a carteira de identidade. E então você dorme tranquilo: é cristão’”.
“Mas onde está – se perguntou o Papa – esta força do Espírito que lhe leva em frente?” Ao contrário, se anunciamos, “a Igreja se converte em uma Igreja mãe que gera filhos, para que nós, filhos da Igreja, levemos isso. Mas quando não o fazemos, a Igreja se converte não em mãe, mas na Igreja baby-sitter, que cuida da criança para fazê-la dormir. É uma Igreja adormecida. Pensemos no nosso batismo, na responsabilidade do nosso batismo”.
Francisco recordou também as perseguições no Japão no século XVII, quando os missionários católicos foram expulsos e as comunidades cristãs ficaram 200 anos sem sacerdotes. No seu retorno, os missionários encontraram “todas as comunidades em seu lugar, todos batizados, todos catequizados, todos casados na Igreja”, graças ao trabalho dos batizados.
“Há uma grande responsabilidade para nós, os batizados: anunciar Cristo, levar adiante a Igreja, esta maternidade fecunda da Igreja. Ser cristão não é fazer um curso para ser advogado ou médico cristão, não. Ser cristão é um presente que nos faz avançar com a força do Espírito no anúncio de Jesus Cristo”, disse.
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O Papa pede a responsabilidade de todos os batizados - Instituto Humanitas Unisinos - IHU