Sob o título "Revolta na Cúria", Letícia Duarte, jornalista, publica, no jornal Zero Hora, 15-02-2013, a seguinte nota:

A Arquidiocese de Porto Alegre emitiu ontem moção de repúdio às declarações da deputada Marisa Formolo (PT) em discurso no Grande Expediente proposto por ela sobre a Campanha da Fraternidade 2013. Em sua fala, na quarta-feira, a parlamentar criticou o papa Bento XVI e disse que a renúncia dele vinha em boa hora. As afirmações revoltaram o arcebispo dom Dadeus Grings, presente à sessão.

O religioso afirmou que a deputada fez um discurso “fora de contexto” e que teria elevado a voz “para xingar a plenos pulmões o Papa” em nome da Assembleia.

"Todo mundo ficou pasmo. Ela vive em um mundo à parte, o da ideologia", disse ele, em referência à simpatia de Marisa pelas ideias de Leonardo Boff e pelas teses ligadas à Teologia da Libertação, criticadas pelo Papa.

Minutos após a divulgação da nota, Marisa Formolo voltou à tribuna da Assembleia para esclarecer que expressou uma opinião pessoal. Em entrevista à coluna, comparou a situação à ditadura.

"Só na ditadura vivi momentos como esse, em que alguém me impedisse de expressar uma posição política. Ele não tem o direito de criar um estado de ditadura dentro da Igreja", contestou a deputada.