Por: Cesar Sanson | 24 Janeiro 2013
Objetivo é pressionar o ex-presidente a interceder contra a ação de despejo das famílias do Assentamento Milton Santos, em Americana (SP).
A reportagem é de Camila Maciel e publicado pela Agência Brasil, 23-01-2013.
Famílias do Assentamento Milton Santos ocuparam nesta quarta-feira (23), por volta de 6h30, a sede do Instituto Lula, no bairro Ipiranga, zona sul da capital paulista. Com o ato, os manifestantes querem pressionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a interceder com a presidenta Dilma Rousseff para evitar a reintegração de posse da área do assentamento, em Americana (SP). Eles têm até o próximo dia 30 para deixar o local voluntariamente.
De acordo com a Polícia Militar (PM), viaturas foram enviadas ao local por volta das 7h30. "Estamos em contato com eles [os PMs] e, por enquanto, a situação é tranquila", relatou Vandré Paladini, advogado das famílias. De acordo com os manifestantes, cerca de 80 pessoas participam do ato. A PM informou que a ocupação conta com 30 manifestantes.
Por volta das 9h da manhã, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, esteve no local. Segundo Vandré Paladini, Okamotto se comprometeu a entrar em contato com integrantes do governo para intermediar uma solução para o caso. "Mas não temos nada de efetivo. Vamos ficar por aqui até que algo mais concreto seja feito", declarou o advogado.
No Milton Santos, vivem cerca de 70 famílias assentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) há sete anos, segundo o movimento. As famílias reivindicam a desapropriação por interesse social, única medida legal que pode reverter o despejo, determinado pela Justiça no dia 28 de novembro.
Paladini informou que, desde a tarde de ontem, quatro manifestantes estão acorrentados e fazem greve de fome em frente ao escritório da Presidência da República em São Paulo.
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Assentados do Milton Santos ocupam sede do Instituto Lula em São Paulo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU