22 Novembro 2012
Professores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) decidiram na noite de ontem manter a greve iniciada há uma semana. Ao menos sete cursos já aderiram à paralisação. Ao lado de estudantes e funcionários, parte dos docentes protestam contra a nomeação para a reitoria da professora Anna Maria Marques Cintra, que ficou em terceiro lugar nas eleições internas da instituição.
A reportagem é de Beatriz Farruga e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 22-11-2012.
Em nota, o diretor da Faculdade de Direito, Marcelo Figueiredo, afirmou que uma reunião extraordinária do Conselho da Faculdade de Direito decidiu, por unanimidade, "reconhecer a legitimidade" do movimento.
Figueiredo recomendou que os docentes da Faculdade de Direito apliquem todas as avaliações finais para não prejudicar a formatura dos alunos. Ele também afirmou que nenhum professor, funcionário ou aluno sofrerá "prejuízos acadêmicos ou administrativos".
Já a Fundação São Paulo (Fundasp), entidade mantenedora da PUC-SP, enviou nesta semana um comunicado por e-mail a docentes e funcionários da instituição para pedir que não paralisem as atividades.
Audiência
Na noite de ontem, o movimento contrário à indicação de Anna Cintra realizou uma audiência pública no Teatro Tuca, da própria instituição, que contou com a participação da Associação de Funcionários Administrativos da PUC-SP (Afapuc), da Associação de Professores da PUC-SP (Apropuc), de movimentos estudantis e do atual reitor, o professor Dirceu de Mello.
Entre hoje e amanhã os manifestantes farão panfletagens e promoverão aulas públicas sobre educação laica, história da PUC, fundamentos de uma universidade, entre outros temas.
Iniciado há uma semana, o movimento protesta contra a decisão do grão-chanceler d. Odilo Scherer de nomear a professora Anna Cintra à reitoria. O vencedor das eleições foi o professor Dirceu de Mello. De acordo com o regulamento da universidade, a decisão final é de responsabilidade do grão-chanceler, mas tradicionalmente o primeiro colocado no pleito ocupa o cargo.
Sete graduações da PUC-SP já aderiram à paralisação
A greve de alunos, professores e funcionários da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo não tem prazo para terminar, segundo representantes do movimento estudantil. Ontem, ao menos sete cursos aderiram à paralisação.
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Professores da PUC-SP decidem manter greve - Instituto Humanitas Unisinos - IHU