19 Outubro 2012
O alagamento de uma região rica em biodiversidade para a construção da usina hidrelétrica de Pai Querê, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tem sido alvo de protestos de ambientalistas. Idealizada na década de 70 e ressuscitada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra está prevista para a região do Rio Pelotas no limite entre Bom Jesus e Lages (SC), mas aguarda licenciamento pelo Ibama.
A informação é publicada pelo jornal Zero Hora, 19-10-2012.
Após uma parada devido à greve, os trabalhos foram retomados na semana passada. Por causa disso, um manifesto de repúdio foi entregue ontem ao Ibama, em Brasília. Em Porto Alegre, um protesto ocorreu para chamar a atenção sobre o alagamento de uma área de 6,2 mil hectares de Mata Atlântica. Entre os impactos apontados pelo pesquisador e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Paulo Brack está a ameaça a espécies raras de fauna e flora.
– O que sobrou de biodiversidade na região está presente justamente no local que será inundado – diz ele.
Responsável pela obra, o consórcio entre Votorantim Cimentos, Alcoa e DME Energética realizou em março uma série de audiências públicas para discussão do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (Eira/ Rima). A usina deve ter potência de 292 megawatts.
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Ambientalistas protestam contra hidrelétrica de Pai Querê - Instituto Humanitas Unisinos - IHU