04 Outubro 2012
As relações entre a Pfarrer-Initiative e os bispos austríacos continuam tensas: um encontro marcado para maio naufragou, contribuindo para irritação de diversos bispos.
Para os bispos, sobre a Pfarrer-Initiative na realidade já fora dito tudo. Ou melhor, precisamente ainda nada. Já que, no interior do episcopado, os posicionamentos já eram divididos desde o início da revolução das paróquias. Bispos particulares – como Egon Kapellari di Graz – tomaram publicamente distância com críticas severas do grupo favorável às reformas, grupo reunido em torno de Helmut Schüller. Outros, em silenciosa prece, esperavam em atitude de maior obediência. Mas uma declaração comum dos bispos até agora faltava.
A reportagem é de Peter Mayr e Markus Rohrhofer e publicada pelo sítio Der Standard.at, 02-10 2012. A tradução é de Benno Dischinger.
No entanto, nos últimos meses a pressão de Roma continuou a crescer. Incitava-se a chegar a um esclarecimento nos confrontos do clero “desobediente”. A isso evidentemente se deu agora seguimento. Na quarta-feira, 3 de outubro, o cardeal Christoph Schönborn tornará pública uma carta pastoral comum dos bispos. Contém sete páginas – com uma parte destinada à Pfarrer-Initiative. De início, diz-se nos ambientes eclesiásticos que não se deveria tratar da definitiva prestação de contas. Além disso, um dos destinatários da missiva dos bispos não considera que deva ser uma grande surpresa. “O que pode haver de novo na carta pastoral... Penso quer haverá somente a crítica já há tempo conhecida”. Diz estar disso convencido Helmut Schüller, promotor da Pfarrer-Initiative, falando ao Der Standard. O motivo de não grandes expectativas deveria derivar das experiências negativas dos meses passados. Fracassou um encontro promovido por Helmut Schüller, ocorrido em maio entre os bispos representantes da Pfarrer-Initiative. Oficialmente isso se deu devido a problemas de empenhos dos bispos. Um dos pontos de crítica da Pfarrer-Initiative é também a reforma estrutural projetada na arquidiocese de Viena. No final de setembro, Schönborn informou o pessoal de sua planejamento até 2022. Desde então há grande preocupação – também porque ainda não falou dos números, isto é, não informou quantas das 600 paróquias serão “fechadas”. Justamente não existe nenhuma orientação, afirma o vigário geral Nikolaus Krasa, falando ao Der Standard. “Não se trata de impor uma grade de números sobre a diocese”.
O fato é este: em Viena, nos últimos 20 anos, a cota dos católicos desceu abaixo de 50% e agora está abaixo de 1/3. E não se prevê nenhuma mudança de perspectiva, diz Krasa. Ao contrário, “mesmo considerando somente os desenvolvimentos demográficos, devemos deduzir que na arquidiocese os percentuais continuarão a diminuir”. Não obstante, levamos em frente “a mesma infraestrutura”. Krasa afirma: “envergamos uma capa que nos é demasiadamente ampla. Ou procuramos com contorções acrobáticas fazê-la aparecer preenchida, cheia, ou adaptamos as coisas para que estejam na justa medida”.
A reestruturação no interior da arquidiocese prevê paróquias grandes, nas quais estejam empenhados de três a cinco padres. Delas dependerão, depois, numerosas “comunidades filiais” – dirigidas a título honorário por batizados e crismados.
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Carta de admoestação dos bispos à Pfarrer-Initiative - Instituto Humanitas Unisinos - IHU