Por: Jonas | 18 Setembro 2012
“Sede testemunho de paz num Oriente Médio violento”. É para o desempenho de uma missão de “pacificadores”, o convite de Bento XVI aos cristãos, na grande missa conclusiva de sua delicadíssima viagem ao Líbano. Bento XVI chegou às margens do Mediterrâneo de Beirute, onde celebrou a missa com centenas de milhares de pessoas (primeiro compromisso desta terceira e última jornada no país dos cedros).
A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 16-09-2012. A tradução é do Cepat.
Do papamóvel, Joseph Ratzinger chegou saudando a multidão, junto a ele estava o patriarca maronita libanês Bechara Rai. Na missa esteve presente o presidente da República Michel Sleiman, católico maronita. Servir à justiça e a paz, num mundo em que a violência não cessa, é uma urgência, e o Papa roga a Deus que nesta região, no Oriente Médio, haja servos da paz e da reconciliação, “para que todos possam viver pacificamente e com dignidade”.
Disse isto durante a missa celebrada em Beirute, “é um testemunho essencial que os cristãos devem dar aqui, em colaboração com todas as pessoas de boa vontade”. “O serviço – explicou Bento XVI, ao celebrar no Beirute City Center Waterfront, construído usando os escombros da guerra civil, que ensanguentou o Líbano, e pela qual nasceu a atual organização institucional em que estão representados todos os elementos religiosos e étnicos do país – é um elemento constitutivo da identidade dos discípulos de Cristo”. “A vocação da Igreja e do cristão é servir como o próprio Senhor fez, gratuitamente e para todos, sem distinção. Assim, servir à justiça e a paz, num mundo em que a violência” não deixa de estender seu manto de “morte e destruição. É uma urgência comprometer-se, finalmente, para construir uma sociedade fraterna, para construir a comunhão”.
“Queridos irmãos e irmãs, particularmente, imploro ao Senhor que conceda, a esta região do Oriente Médio, servidores da paz e da reconciliação, para que todos possam viver pacificamente e com dignidade. É um testemunho essencial que os cristãos devem dar aqui, em colaboração com todas as pessoas de boa vontade. Faço uma convocação a todos, para trabalharem pela paz. Cada um da maneira como possa e no local onde estiver”. Em volta, a esplêndida vista do mar e do dique da capital, onde se misturam danceterias e minaretes, hijabs e minissaias, aparatos do Papa e letreiros de neon. Símbolo da convivência do novo e o antigo, da secularização e da tradição, do ocidente e do oriente.
“O serviço também deve entrar no coração da própria vida da comunidade cristã. Todo ministério, todo cargo na Igreja, é antes de tudo um serviço a Deus e aos irmãos. Este é o espírito que deve reinar entre todos os batizados, em particular num compromisso efetivo para com os pobres, os marginalizados e os que sofrem, para resguardar a dignidade inalienável de cada pessoa. Queridos irmãos e irmãs que sofreis no corpo ou no coração, vossas dores não são inúteis. Cristo servidor está próximo de todos os que sofrem. Ele está ao vosso lado. Que o encontreis em vosso caminho, com irmãos e irmãs que manifestem concretamente sua presença amorosa, que não os abandonará. Que Cristo vos encha de esperança. E todos vocês, irmãos e irmãs, que vieram para participar desta celebração, tratem sempre de se configurar com o Senhor Jesus, com ele que se fez servidor de todos, para a vida do mundo”.
A missa celebrada com a presença de milhares de pessoas, no Beirute City Center Waterfront, foi o primeiro encontro da terceira e última jornada da visita apostólica de Bento XVI ao Líbano, por ocasião da vigésima quarta viagem internacional do Pontificado. Às dez horas (horário local), o Papa presidiu a celebração na qual entregou a Exortação Apostólica pós-sinodal para o Oriente Médio, que tinha assinado solenemente, na sexta-feira passada, na Basílica de São Paulo, em Harissa. Depois de recitar o Ângelus, o Papa voltará à Nunciatura Apostólica. Antes de voltar para Roma, o Papa terá um encontro ecumênico, em Charfet, no Patriarcado sírio-católico. Depois se despedirá no aeroporto internacional de Beirute.
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Em missa no Líbano, Papa pede para que os cristãos promovam a justiça e a paz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU