Por: Cesar Sanson | 04 Setembro 2012
O incêndio de grandes proporções que atingiu na tarde dessa segunda-feira, a Favela do Piolho, na conjunção das ruas Cristóvão Pereira e Sônia Ribeiro, no bairro Campo Belo, na zona sul de São Paulo, deixou três pessoas feridas. De acordo com o subprefeito de Santo Amaro, Roberto Costa, das 595 famílias que moram na comunidade, 285 foram atingidas, o que pode resultar, pelos cálculos da Defesa Civil e da subprefeitura, em cerca de 1.140 pessoas desabrigadas. Elas serão cadastradas por equipes da Assistência Social para receber ajuda.
A reportagem é do sítio Brasil Atual, 03-09-2012.
De acordo com dados da Defesa Civil, já aconteceram 30 incêndios em favelas na cidade, somente neste ano. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos incêndios em favelas na Câmara Municipal de São Paulo foi prorrogada recentemente, após quatro meses de sua instalação e praticamente sem andamento. A primeira reunião foi realizada na última quarta-feira. Em 2005, quando assumiu a prefeitura, o atual candidato a prefeitura de São Paulo José Serra, extinguiu o programa de prevenção de incêndios em favelas.
O coronel do Corpo de Bombeiros José Luis Borges disse que os incêndios recorrentes em favelas devem-se a questões metereológicas, com tempos seco e ventos fortes. O coronel da Defesa Civil Jair Paca de Lima disse que a origem provável do incêndio foi um lixão, localizado no centro da favela. “Alguém pode ter colocado fogo e houve propagação. Estamos vivendo um momento de baixa umidade do ar e aqui também tem fortes ventos. Isso deve ter se propagado rapidamente”, afirmou.
De acordo com informações da moradora Fátima Silva, a Polícia Militar não permitiu que os moradores retirassem os pertences das casas.
A moradora Elen Fabricio da Costa perdeu tudo no incêndio. “Nosso barraco foi um dos primeiros barracos a pegar fogo. Eu tinha descido para visitar a minha tia e, dez minutos depois, ouvi que estava pegando fogo. Subi para a minha casa e ela estava toda arrasada. Perdi tudo. Só estou com a roupa do corpo, minha filha e meu marido", lamentou.
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Incêndio destrói mais uma favela em São Paulo, já são 30 ocorrências neste ano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU