02 Agosto 2012
"O panorama geral indicou que as regiõs Norte, Nordeste e Centro-Oeste declaram ser leitores de livros indicados pela escola e livros lidos apenas parcialmente (este segundo aspecto mais Nordeste e Centro-Oeste). Já nas regiões Sul e Sudeste aumentou aqueles que lêem livros inteiros e por iniciativa própria. Também mostrou um aspecto que já é recorrente, que quanto maior a escolaridade e o poder aquisitivo, maior é a penetração da leitura e a média de livros lidos nos últimos 3 meses", escreve Diego Marcell, Bacharel em Teologia.
Eis o artigo.
Em 2011 o Instituto Pró-livro realizou a terceira edição da pesquisa de Ibope Inteligente Retratos da Leitura no Brasil, mostrando aspectos da leitura em nosso país que podem nos esclarecer um pouco o que as pessoas pensam sobre, de forma geral, o ambiente literário. A pesquisa foi realizada de acordo com a Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT) das cidades, com a margem de erro máxima de apenas 1,4p.p.
Para 64% dos brasileiros ler bastante faz a pessoa vencer na vida, apesar disso, apenas 28% revelou gostar de ler no tempo livre, mesmo acreditando que ela é fonte de conhecimento para a vida, o brasileiro ainda opta pela tevê nas horas que lhe vagam.
No Brasil é considerado leitor quem leu um livro nos últimos três meses, mesmo que nos últimos 12 meses tenha feito alguma leitura ele não pode ser considerado, lembrando que quando falamos de livro, são livros tradicionais, livros digitais, livros em braile e apostilas, excluindo manuais, catálogos, folhetos, revistas, gibis e jornais.
Foi mostrado que as mulheres leem mais que os homens cerca de 15% e que os livros didáticos e a Bíblia ainda são os mais lidos. Os fatos que mais influenciam as pessoas a ler são 1° o tema (65%), 2° o título (30%) e 3° dicas de outras pessoas (29%). Os professores (45%) e as mães (43%) são as maiores influencias que instigaram o leitor. Percebe-se que há pouco costume de presentear outros com livros (8%), apesar disso 88% disseram que é uma importante influência para leitura ganhar livros.
A pesquisa também mostra que o maior acesso que o brasileiro tem aos livros é pela compra (48%), superando os empréstimos (30%) que na pesquisa realizada em 2007 aparecia em igualdade. As maiores motivações do leitor na hora de escolher onde comprar é em 1° lugar o preço mais barato (47%), 2° comodidade (33%), 3° variedade (29%) e 4° proximidade (28%); e a principal motivação para consumir livros é o prazer, gosto pela leitura (35%), isto converge numa nova forma de comercialização que é o comercio virtual (comodidade), um bom exemplo disso é o portal de sebos Livronauta que reúne mais de 3,5 milhões de livros usados (variedade) com até 80% de custo a baixo do valor de um novo (correspondendo a 47% do que se busca), sendo centenas de livrarias de todo país num só lugar (proximidade). Já as bibliotecas são vistas mais como ‘lugar para estudar’ (71%) e ‘lugar de pesquisa’ (61%), apenas 17% dos entrevistados veem a biblioteca como lugar para emprestar livros de literatura.
Outro fator que é tendência e vem num crescimento acelerado são os livros digitais, a pesquisa mostra que a maioria dos seus leitores possui ensino superior, em aproximadamente 9,5 milhões de usuários de livros digitais, a maioria (54%) tem gostado muito desta ferramenta, mas o número de consumidores que baixaram gratuitamente é de 62% contra 38% dos que pagaram pelo download. Quando perguntado sobre o mercado futuro entre livros impressos X livros digitais, 52% responderam que os livros impressos nunca vão deixar de serem publicados e irão conviver igualmente com os digitais.
O panorama geral indicou que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste declaram serem leitores de livros indicados pela escola e livros lidos apenas parcialmente (este segundo aspecto mais Nordeste e Centro-Oeste). Já nas regiões Sul e Sudeste aumentaram aqueles que leem livros inteiros e por iniciativa própria.
Também mostrou um aspecto que já é recorrente, que quanto maior a escolaridade e o poder aquisitivo, maior é a penetração da leitura e a média de livros lidos nos últimos 3 meses. Baseado nestas informações vê-se que a saída tem uma questão primeira, a educação e esta vêm atreladas a questões sociais, não bastante ter acesso à escola, mas ter uma boa educação é fundamental para termos um país mais leitor, naturalmente buscador de cultura e conhecimento.
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