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20 Fevereiro 2011

"Hoje a  teologia enquanto teologia tem que proclamar aos gritos: temos que preservar a  natureza e harmonizarmo-nos com o universo, porque eles são o grande livro que  Deus nos entregou", escreve Leonardo Boff, teólogo, em artigo publicado no seu blog, 21-02-2011.

Segundo ele, "o discurso  teológico tem, pois, o seu lugar junto com os demais  discursos".

Eis o artigo.

Muitos estranham o fato de que, sendo teólogo e  filósofo de formação, me meta em assuntos, alheios a estas disciplinas como a  ecologia, a política, o aquecimento global e outros.

Eu sempre  respondo: faço, sim, teologia pura,  mas me ocupo também de outros temas exatamente porque sou teólogo. A tarefa do  teólogo, já ensinava o maior deles, Tomás de Aquino, na primeira questão da  Suma Teológica é: estudar Deus e sua revelação e, em seguida, todas as demais  coisas “à luz de Deus”(sub ratione Dei), pois Ele é o princípio e o fim  de tudo.

Portanto, cabe à teologia ocupar-se também de outras  coisas que não Deus, desde que se faça “à luz de Deus”. Falar de Deus e ainda  das coisas é uma tarefa quase irrealizável. A primeira: como falar de Deus se  Ele não cabe em nenhum dicionário? A segunda, como refletir sobre todas as  demais coisas, se os saberes sobre elas são tantos que ninguém individualmente  pode dominá-los? Logicamente, não se trata de falar de economia com um  economista ou de política como um político. Mas falar de tais matérias na  perspectiva de Deus, o que pressupõe conhecer previamente estas realidades de  forma critica e não ingênua, respeitando sua autonomia e acolhendo seus  resultados mais seguros. Somente depois deste árduo labor, pode o teólogo se  perguntar como elas ficam quando confrontadas com Deus? Como se encaixam numa  visão mais transcendente da vida  e da história?

Fazer teologia não é uma tarefa como qualquer outra  como ver um filme ou ir ao teatro. É coisa seríssima pois se trabalha com a  categoria”Deus” que não é um objeto tangível como todos os demais. Por isso, é  destituída de qualquer sentido, a busca da partícula “Deus” nos confins da  matéria e no interior do “Campo Higgs”. Isso suporia que Deus seria parte do  mundo. Desse Deus eu sou ateu. Ele seria um pedaço do mundo e não Deus. Faço  minhas as palavras de um sutil teólogo franciscano,  Duns Scotus (+1308)  que escreveu:”Se Deus existe como as coisas existem, então Deus não  existe”. Quer dizer, Deus não é da ordem das coisas  que podem ser  encontradas e descritas. É a Precondição e o Suporte para que estas coisas  existam. Sem Ele as coisas teriam ficado no nada ou voltariam ao nada. Esta é   a natureza de Deus: não ser coisa mas a Origem das  coisas.

Aplico a Deus como Origem aquilo que os orientais aplicam à força que permite pensar:”a força pela qual o pensamento pensa, não  pode ser pensada”. A Origem das coisas não pode ser  coisa.

Como se depreende, é muito complicado fazer teologia. Henri Lacordaire (+1861), o grande orador francês, disse com razão:”O doutor  católico é um homem quase impossível: pois  tem de conhecer  todo o  depósito da fé e os atos do Papado e ainda o que São Paulo chama de os  ‘elementos do mundo’, isto é tudo e tudo”. Lembremos o que asseverou René  Descartes (+1650) no Discurso do Método, base do saber moderno:” se eu  quisesse fazer teologia, era preciso ser mais que um homem”. E Erasmo de  Roterdam (+1536), o grande sábio dos tempos da Reforma, observava:”existe algo  de sobrehumano na profissão do teólogo”. Não nos admira que Martin Heidegger  tenha dito que uma filosofia que não se confrontou com as questões da  teologia, não chegou plenamente ainda  a si mesma. Refiro isso não como  automagnificacão da teologia mas como confissão de que sua tarefa é quase  impraticável, coisa que sinto dia a dia.

Logicamente, há uma teologia que não merece este nome  porque é preguiçosa e renuncia a pensar Deus. Apenas pensa o que os outros  pensaram ou o que o que disseram os Papas.

Meu sentimento do mundo me diz que  hoje a  teologia enquanto teologia tem que proclamar aos gritos: temos que preservar a  natureza e harmonizarmo-nos com o universo, porque eles são o grande livro que  Deus nos entregou. Lá se encontra o que Ele nos quer dizer. Porque  desaprendemos a ler este livro, nos deu outro, as Escrituras, cristãs e de  outros povos, para que reaprendêssemos a ler o livro da natureza. Hoje  ela está sendo devastada. E com isso destruímos nosso acesso à revelação de  Deus. Temos pois que falar da natureza e do mundo à luz de Deus e da razão. Sem a natureza e o  mundo preservados, os livros sagrados perderiam seu  significado que é reensinarmos a ler a natureza e o mundo. O discurso  teológico tem, pois, o seu lugar junto com os demais  discursos.


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