04 Agosto 2015
Israel encarou o primeiro Shabbat de agosto em um clima de tensão sem precedentes desde a guerra de meados do ano passado em Gaza. O sequestro e a morte de três adolescentes judeus e o assassinato de um jovem palestino queimado vivo precederam o conflito mais mortífero desde a Guerra dos Seis Dias (1967) e o mais longo desde o da Independência (1948-1949).
A reportagem é de Juan Carlos Sanz, publicada pelo jornal El País, 01-08-2015.
Ainda são imprevisíveis as consequências do ataque incendiário ocorrido na madrugada de sexta-feira em Duma, que provocou a morte de um bebê de 18 meses e causou ferimentos graves em seus familiares, mas tanto o Governo de Israel como a Autoridade Palestina tentam evitar que o incêndio se espalhe por toda a Cisjordânia.
Nem o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nem o presidente Mahmud Abbas parecem dispostos a pagar o preço de desencadear a Terceira Intifada. O dirigente de Israel não demorou a condenar o terrorismo “venha de onde vier”, mesmo que do lado judeu. O mandatário da Autoridade Palestina mobilizou suas forças de segurança nas mesquitas para que o dia de oração não levasse a uma explosão de ira.
Mas a escalada da tensão que marca o fim das semanas muçulmana e judaica não convida ao otimismo. Os incidentes protagonizados por colonos judeus depois da demolição de construções declaradas ilegais pelo Supremo Tribunal israelense no assentamento de Beit El inflamaram os ânimos no campo nacionalista. E a detenção de dois extremistas judeus pelo Shin Bet (segurança interior) como responsáveis pelo incêndio da igreja do milagre dos pães e dos peixes na Galileia há dois meses caiu como uma bomba entre os defensores da colonização das bíblicas Judeia e Samaria (atual Cisjordania).
A presença de judeus ultrarreligiosos na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, terceiro lugar mais sagrado do islamismo depois de Medina e Meca e local do Monte do Templo na tradição judaica, jogou ainda mais lenha na fogueira. O Hamas, movimento de resistência islâmica hegemônico em Gaza e com crescente influência na sociedade civil da Cisjordânia, aproveitou a situação para convocar uma jornada de protestos durante a prece de sexta-feira. A organização agora reforça seus apelos à vingança.
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Dias de ira pela morte de um bebê - Instituto Humanitas Unisinos - IHU