23 Abril 2012
Organizada para obter avanços em direção ao desenvolvimento sustentável, a Rio+20 traz em si uma amostra do desafio que os países têm pela frente.
A reportagem é de Denise Menchen e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 22-04-2012.
Apesar das iniciativas para tornar a conferência da ONU mais sustentável, os impactos ambientais serão grandes - e o fato de o comitê organizador ainda não ter divulgado uma estimativa deles preocupa especialistas.
"Uma conferência como essa tem milhões de impactos, a começar pelas emissões [de gases-estufa], passando pela questão da mobilidade urbana, do uso de energia e da água", diz Marco Fujihara, diretor do Instituto Totum, que presta consultoria na área. "Isso já deveria estar quantificado."
Para Fujihara, a divulgação dessas informações mostraria aos governos que há um "vácuo" na adoção de ações rumo a uma economia de baixo carbono. Na avaliação dele, porém, não há interesse em fazer essa conta "porque vai ficar ruim para os governos, principalmente o brasileiro".
O comitê nacional de organização da Rio+20, no entanto, diz que fará o cálculo da chamada "pegada de carbono" - a quantidade de gases-estufa que o evento vai emitir. Segundo o órgão, técnicos trabalham na definição do método a ser usado.
(Cf. notícia do dia 23/04/2012 desta página).
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“Confissões do Latinfúndio” – Um poema de Dom Pedro Casaldáliga
Por onde passei,
plantei
a cerca farpada,
plantei a queimada.
Por onde passei,
plantei
a morte matada.
Por onde passei,
matei
a tribo calada,
a roça suada,
a terra esperada…
Por onde passei,
tendo tudo em lei,
eu plantei o nada.
Pedro Casaldáliga - Bispo emérito de São Felix do Araguaia, MT
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Especialistas cobram cálculo do impacto ambiental da Rio+20 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU