• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Em prol das sementes de vida. Entrevista especial com Antonio Valmor Campos

Mais Lidos

  • Vozes de Emaús: Reimaginar o futuro e reconstruir o presente a partir da esperança. Artigo de Cesar Kuzma

    LER MAIS
  • Reflexões sobre uma igreja lacerada: o novo livro de Marco Politi. Artigo de Faustino Teixeira

    LER MAIS
  • Espiritualidades do eu no novo capitalismo. Artigo de Nicolás Viotti

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade Pedro e Paulo Apóstolos – Ser Igreja no seguimento de Jesus. Reflexão de Sonia Cosentino

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

17 Setembro 2007

Milho crioulo: sementes de vida. Pesquisa, melhoramento e propriedade intelectual (Frederico Westphalen: Editora URI, 2007) é o mais recente livro de Antonio Valmor Campos, resultado de sua pesquisa feita durante o mestrado em Educação, realizado entre os anos de 2004 e 2006 na Unisinos. Nele, Antonio narra o trabalho de agricultores de Anchieta, município de Santa Catarina, na seleção e na produção de sementes de milho crioulo. Eles resistem às arbitrariedades das empresas sementeiras que obrigam muitos a comprar, a cada plantação, novas e mais sementes. Antonio teve sua dissertação orientada pelo professor Attico Chassot. Sobre este tema, Antonio falou, por e-mail, com exclusividade à IHU On-Line.

Na entrevista que segue, o professor da Universidade Regional Integrada (URI) fala ainda do desenvolvimento da sua pesquisa, da importância da propriedade intelectual aos pequenos agricultores, de biopirataria, entre outros assuntos. Ele conta, também, que a propriedade intelectual que propõe na obra, e que não está contemplada pela legislação brasileira, tem dois aspectos: evitar a apropriação, por parte das sementeiras, de mais um produto criado pelos camponeses e indígenas e possibilitar aos agricultores “constituírem uma patente de caráter coletivo, com abertura de acesso aos demais agricultores e permitindo a melhora permanente das sementes”.

Antonio Valmor Campos é graduado em Biologia, pela Fundação Educacional do Alto Uruguai Catarinense, e em Direito, pela Universidade Regional Integrada (URI). Realizou especialização em lattes sensu, pela Faculdade de Ciências e Letras Plínio Augusto do Amaral, e em Direito Público e Privado, pela URI. Seu mestrado em educação foi feito pela Unisinos. Atualmente, é professor da URI e da Escola de Educação Básica Nossa Senhora da Salete, em Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Como os agricultores de Anchieta/SC conseguiram chegar até o milho crioulo?

Antonio Valmor Campos - Muitos dos agricultores que atualmente escolheram cultivar o milho crioulo o fizeram a partir das dificuldades financeiras que passaram a enfrentar, provocadas pelas intempéries climáticas e endividamento, gerando, por conseqüência, falta de financiamento para continuar produzindo em suas propriedades. Nesse momento, era preciso optar por abandonar o campo ou engrossar as fileiras das periferias das cidades na busca de empregos de baixa renda, subemprego. Alguns cederam e aventuraram-se. No entanto, parte deles continuou firme no intuito de permanecer no campo e construir um processo de independência. A permanência dependia de criar alternativas de produção, que garantisse a sobrevivência do grupo familiar. Apoiados pela entidade sindical e movimentos sociais, resgataram a prática milenar de cultivar e melhorar sementes crioulas, especialmente o milho. De acordo com registros nos históricos do município de Anchieta, algumas famílias nunca deixaram de cultivar o milho crioulo, tendo sido herdadas as sementes dos antepassados.

IHU On-Line - O senhor pode falar da importância dessa propriedade intelectual adquirida com o desenvolvimento da semente do milho crioulo pelos agricultores de Anchieta/SC?

Antonio Valmor Campos - A importância da propriedade intelectual proposta – ainda não contemplada na legislação brasileira – tem dois aspectos: o primeiro é de evitar a apropriação por parte das empresas de biotecnologia (sementeiras) de mais um produto de ampla base genética, cultivado por milhares de anos por camponeses e indígenas. O outro aspecto está na possibilidade de os agricultores constituírem uma patente de caráter coletivo, com abertura de acesso aos demais agricultores e permitindo a melhora permanente das sementes. O parâmetro para esta pretensão é a patente do software livre e, também, as experiências de outros países nos quais já existe tal previsão legal.

IHU On-Line - Quais são as principais vantagens dessa pesquisa desenvolvida pelos agricultores em relação àqueles que se submetem às empresas sementeiras?

Antonio Valmor Campos - Os agricultores que cultivam suas próprias sementes adquirem independência, pois não precisam adquirir, anualmente, a semente para o plantio da safra. Além disso, o milho crioulo é pouco dependente de insumos e adubos e, ainda, facilita a própria manutenção da lavoura. A produtividade, mesmo não sendo nos mesmos patamares das sementes híbridas, permite ganho significativo aos agricultores, pois o investimento é significativamente menor.

IHU On-Line - Como, atualmente, a biopirataria está agindo?

Antonio Valmor Campos - Há diversos mecanismos de ação da pirataria biológica. Um deles, com relação ao milho, é buscar amparo legal para suas ações, através do patenteamento de sementes, de genes e, até mesmo, de seres vivos.

IHU On-Line - Como a nanotecnologia pode ajudar os pequenos e médios agricultores a pesquisarem e desenvolverem técnicas como as do pessoal de Anchieta?

Antonio Valmor Campos - Acredito que a nanotecnologia representa muito em termos de expectativa – talvez mais futuramente do que agora, no presente –, pois o milho crioulo, assim como as demais sementes crioulas, têm uma ampla base genética o que facilitaria as pesquisas na área biológica a partir destas sementes.

IHU On-Line - Para o senhor, quais são as principais falhas, atualmente, na legislação e no que se refere aos direitos de propriedade e cidadania dos pequenos agricultores brasileiros?

Antonio Valmor Campos - Antes da própria legislação, está o poder das empresas de Biotecnologia, que forçam o registro de patentes, mesmo não havendo possibilidade legal para tanto. É o caso de produtos genuinamente brasileiros, como o Açaí, que foi patenteado na Europa, ou da Nim, planta indiana de grande potencial industrial, que foi patenteada por empresas estadunidenses. Há ainda o patenteamento de genes humanos nos Estados Unidos, contrariando a legislação e os princípios éticos. Essa situação impacta negativamente os agricultores, que ficam constantemente ameaçados de ver as sementes cultivadas e melhoradas por milhares de anos por pesquisadores anônimos e coletivos, apropriadas por grupos econômicos com interesse meramente de exploração econômica. Pensando sob um aspecto mais abrangente, o fato de os agricultores perderem o controle sobre as sementes os coloca na dependência das sementeiras, provocando a erosão do controle sobre a genética e mesmo dos aspectos culturais. Isso, no aspecto macro, no quadro em que a maior parte do germaplasma já está patenteado, representa uma ameaça à soberania do próprio País.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados