16 Agosto 2021
“No dia 9 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a medida provisória 1.061/21, que modifica o programa Bolsa Família. Ocorre que as alterações impostas sem qualquer diálogo nas instâncias das políticas envolvidas prometem um enfraquecimento das políticas sociais, descaracterizando um programa já amplamente avaliado, além de resgatar a velha fórmula da meritocracia e da demagogia” - Jucimeri Isolda Silveira, professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas (PPGDH) e do curso de Serviço Social da PUC-PR – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“O governo federal optou por um caminho que desmonta os sistemas públicos; dificulta a operacionalização de um programa de transferência de renda, embutindo políticas que se submetem aos auxílios pontuais; e não garante sustentabilidade financeira ao prever sua implantação residual por meio dos recursos de pagamento de precatórios e privatizações, dando sequência a uma agenda ultraneoliberal que se mostrou falida na pandemia. Por tudo isso, o programa tende ao fracasso, já que busca o caminho da precarização das condições de trabalho e do endividamento das famílias. A pandemia fez com que 13% dos trabalhadores ocupados no primeiro trimestre de 2020 se vissem sem ocupação no segundo trimestre, sendo que os mais afetados foram, justamente, os mais vulneráveis. Importante observar que 31% dos trabalhadores domésticos perderam sua ocupação, assim como 23% dos empregados do setor privado sem carteira assinada. Negros perderam a ocupação em proporções superiores aos brancos: 15% ante 10%. As mulheres também foram mais impactadas pela crise: 15% perderam seu trabalho versus 11% dos homens” - Jucimeri Isolda Silveira, professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas (PPGDH) e do curso de Serviço Social da PUC-PR – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“Transferência de renda não se constitui em benesse do governo. Não há espaço para demagogia e ilusões. É necessário restabelecer a capacidade institucional de responder às crises, o que demanda a inversão de prioridades e garantia de um padrão universal, público, distributivo e democrático de proteção social, com reformas e políticas que efetivamente coloquem a vida e a dignidade acima de tudo” - Jucimeri Isolda Silveira, professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas (PPGDH) e do curso de Serviço Social da PUC-PR – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“É blefe por enquanto a promessa do presidente Jair Bolsonaro de elevar para R$ 400 o benefício médio do novo Bolsa Família em ano eleitoral. O Orçamento do governo para 2022 não tem e nunca teve dinheiro para bancar R$ 80 bilhões, montante que seria necessário para atender a 17 milhões de famílias com um benefício de R$ 400. São mais de R$ 45 bilhões acima do que foi previsto este ano para o Bolsa Família, rebatizado agora de Auxílio Brasil” – Adriana Fernandes, jornalista – O Estado de S. Paulo, 14-08-2021.
“A verdade é que não há qualquer garantia de que Bolsonaro conseguirá dobrar o valor médio do Bolsa Família. Se considerar o risco de o STF derrubar a PEC, nem R$ 300 estão assegurados. A pergunta é como o presidente vai agir diante de tantos obstáculos para tirar do papel a política que poderia amenizar o gosto amargo da queda de popularidade a pouco mais de um ano das eleições” – Adriana Fernandes, jornalista – O Estado de S. Paulo, 14-08-2021.
“Deputado Arthur Lira, enquanto a responsabilidade da instauração do processo de impeachment estiver em suas mãos, como agora, a violência resultante das invectivas do presidente Jair Bolsonaro será também sua responsabilidade. Neste momento, o senhor é o oxigênio que alimenta o fogo que se alastra, destruindo nossa democracia e alimentando de perigoso ódio o coração de muitos compatriotas” - Noemi Jaffe, Bernardo Carvalho, Nuno Ramos e Beatriz Bracher, escritores brasileiros – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“Jair Bolsonaro não está ameaçando destruir a nossa democracia, ele a está destruindo. A fala é, em si mesma, uma ação. Neste caso, uma ação ácida, que está a corroer nossa confiança na democracia. Na situação de perigo a que chegamos é preciso dividir a responsabilidade pela continuidade ou não deste governo com todos os deputados federais, representantes políticos da população brasileira” - Noemi Jaffe, Bernardo Carvalho, Nuno Ramos e Beatriz Bracher, escritores brasileiros – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“Jair Bolsonaro está mais para ferrabrás sarraceno do que para lorde inglês, de modo que, pelo critério mais rigoroso, as instituições fracassaram miseravelmente. Mas foram capazes, até aqui, de evitar um golpe de Estado na acepção clássica. O governo, por seus próprios deméritos, se enfraquece a cada dia, e a saída que Bolsonaro encontrou para não ser destituído foi entregar-se por inteiro ao centrão. E o centrão, como se sabe, faz muita coisa errada, mas destruir voluntariamente a democracia não é uma delas. Pelo critério mais flexível, as instituições estão, portanto, resistindo” – Helio Schwartsman, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“Se dá para falar em vitória das instituições, é uma vitória de Pirro: outra como essa e estamos perdidos” – Helio Schwartsman, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“O presidente e sua turma já começaram a preparar o terreno internacional para contestar uma eventual derrota nas urnas em 2022. A sorte é que nenhum governo sério vai apoiar a aventura golpista de Bolsonaro” – Bruno Boghossian, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“A eleição presidencial de 2022 encaminha-se para ser muito perigosa. Em numerosos sentidos, inclusive para a população” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“As decisões judiciais que Bolsonaro personifica nos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes são o desassombro esperado da Justiça contra o ataque do golpismo, da mão armada, da morte perversa, da mentira e da corrupção. Apesar disso, aumentam os riscos de mais e maior criminalidade, em aposta redobrada. A prisão do marginal Roberto Jefferson logo provocou o medo raivoso, que apela às boçalidades. Convém realçar, neste sentido, a ida de Eduardo Bolsonaro aos Estados Unidos, não para visitar o ídolo Trump, como noticiado. Por certo, para contatos orientadores e busca de apoio no que há de pior entre os trompistas” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“A repórter Beatriz Bulla revelou que deve chegar ao Brasil no próximo domingo Jason Miller, ex-porta-voz de Donald Trump. Vem divulgar sua rede social Gettr, criada para contornar a expulsão de Trump das grandes plataformas americanas. A Gettr tem 250 mil brasileiros listados. Entre eles estão Jair Bolsonaro e dois de seus filhos. Miller foi uma testemunha privilegiada da ruinosa insurreição de 6 de janeiro, quando Trump tentou melar o resultado da eleição americana. Para quem viu o desfile do pelotão da fumaça em frente ao Palácio do Planalto na semana passada, o golpe de Trump era muito mais delirante” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“Com a volta das coligações, o PT vai poder organizar e se coligar com vários partidos do Centrão nos Estados. Parte do Centrão vai ficar com Bolsonaro e outra parte, com o PT. Vai sobrar muito pouco para, eventualmente, surgir alguém que não seja Lula e Bolsonaro” – Bruno Carazza, cientista político – O Estado de S. Paulo, 14-08-2021.
“Vou falar do teodolito. Ele tem três pés: um pé na política, que é o PT, o outro é o PSD e o PP. Temos no meio o pêndulo, que são partidos aliados nossos, que ficam no pêndulo para dar equilíbrio ao teodolito. O que nós queremos? Manter esse grupo junto” – João Leão, vice governador da Bahia – PP – pai do deputado Cacá Leão (BA), líder da sigla na Câmara - O Estado de S. Paulo, 14-08-2021.
“Agentes de "segurança" produzem cotidianamente insegurança e risco à população negra. Enquanto isso, promotores e juízes naturalizam racismo como "fundada suspeita". Paranoia de preto é a solução individual para transformar coerção, humilhação e medo em estratégia de sobrevivência” - Marta Machado, professora da Escola de Direito da FGV-SP e pesquisadora do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“No meio de tudo isso, surgiu um prenúncio de mudança. O jornal, na terça, padronizou que os eventos extremos devem ser tratados preferencialmente como “crise do clima”. Na quarta, porém, mais uma revolta se instalou na caixa de entrada. Leandro Narloch, de volta à Folha, repetiu argumentos negacionistas para falar de “aquecimento global” em sua coluna de reestreia. Leitores furiosos listaram as polêmicas que cercam o jornalista conservador. Chamaram-no de homofóbico e racista. Pediram sua demissão, anunciaram o cancelamento de assinaturas do jornal e do UOL. O episódio reforça as contradições da Folha na cobertura do clima. Sua brava equipe de Ciência faz excelente trabalho, tem bons analistas e cobertura consistente da Amazônia, mas isso é pouco para enfrentar um desafio multidisciplinar. Crise climática precisa virar real prioridade, pauta que se impõe ao público pelo simples fato de que ela irá se impor de qualquer maneira. Não é mais questão de acreditar ou não em cientistas ou de pirralhas anunciando o fim do mundo. O país está na berlinda na questão ambiental. A Folha não precisa ficar junto” - José Henrique Mariante, engenheiro e jornalista, ombudsman – Folha de S. Paulo,15-08-2021.
"A democracia está sob ataque, as florestas ardem, as geleiras derretem e a temperatura sobe. Minimizar o aquecimento global, trollar qualquer ativismo ou ser “entusiasta” de milicianos não é bagunçar “o coro dos contentes”, é abrir o caminho para os que queimam a Amazônia, fazem chacinas nas favelas, matam mulher na porrada e ameaçam com uma ditadura. A situação política, social e ambiental é muito grave. Precisamos trazer os adultos pro debate, não é hora de molecagem" - Antonio Prata, escritor e roteirista - Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“Após 17 meses de Covid no Brasil, quase 600 mil mortes e negacionismo galopante no Planalto, ninguém aguentava mais as restrições. A população se rendeu diante do corona, como Bolsonaro sempre prescreveu, e como ela capitulou Doria. É só por contraste com o morticínio presidencial que o governador pôde posar como paladino da ciência, embora precipitando-se em sucessivos relaxamentos, avesso ao princípio da precaução. Nenhum administrador com mais de 142 mil mortos em seu turno pode cantar vitória sobre a Covid. Nem Doria, nem muito menos Bolsonaro. O presidente, com mais de 567 mil óbitos no prontuário, obviamente causou malefício bem maior, até porque sabotou quanto pôde o que de certo rivais políticos tentavam fazer” – Marcelo Leite, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“Só militares, empresários, parlamentares, policiais, ruralistas, pastores, muitos médicos e outras espécies de escroques ainda lhe dão apoio, sem importar-se com a montanha de cadáveres. É nesse sentido que Bolsonaro venceu: logrou tornar-nos indiferentes ao odor nauseabundo de morte que espalhou pelo país”– Marcelo Leite, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“O pior não é o presidente Jair Messias Bolsonaro insistir nas suas fake news e ameaçar pedir o impeachment dos ministros Barroso e Alexandre de Moraes. É milhões de pessoas continuarem engolindo, degustando e gostando de suas fake news. Bolsonaro a gente já sabe quem é, o incompreensível é como tantos caem nessa esparrela” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 15-08-2021.
“Bolsonaro anda no “fio da navalha”. Se moderar demasiadamente seu discurso e atitude, sinalizando que se rendeu ao presidencialismo de coalizão, diminui as chances de ter seu mandato abreviado, mas corre sérios riscos de ver sua base eleitoral perder coesão e desagregar. Por outro lado, se passar do ponto na sua radicalização com as outras instituições, pode se isolar ainda mais perdendo competitividade eleitoral e viabilidade política de terminar seu mandato. Portanto, embora tenha de calibrar, não pode prescindir de seu discurso belicoso e autoritário para sobreviver” – Carlos Pereira, professor titular da FGV/EBRAPE, Rio de Janeiro – O Estado de S. Paulo, 15-08-2021.
“Franco favorito às eleições de 2022, Lula é a melhor promessa de pacificação do país. Uma nova Presidência do petista, contudo, pode normalizar cenário de retrocesso de direitos sociais e desarranjo constitucional se a esquerda insistir em ceder para garantir a governabilidade e não usar posição vantajosa para cobrar compromissos de aliados” - Luis Felipe Miguel, professor da UnB (Universidade de Brasília), é coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê) e autor de "O Colapso da Democracia no Brasil" (Expressão Popular), entre outros livros – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“O caminho da recomposição do arco lulista original, aquele do início do primeiro mandato, garantiria a “governabilidade”, entendida em seus termos mais convencionais: maioria no Congresso, relações amigáveis com o empresariado e relativa trégua com a mídia corporativa. O problema é que as condições para arrancar as contrapartidas (as políticas sociais compensatórias, a ampliação das oportunidades para os integrantes dos grupos mais vulneráveis, um esboço de projeto nacional de desenvolvimento) estão muito pioradas, seja pelo recuo dos marcos legais e enfraquecimento do Estado, seja pela presença de uma burguesia que exige uma parcela ainda maior da riqueza e de uma classe média intoxicada pelo medo de ver diminuída a distância que a separa dos mais pobres”- Luis Felipe Miguel, professor da UnB (Universidade de Brasília), é coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê) e autor de "O Colapso da Democracia no Brasil" (Expressão Popular), entre outros livros – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“As plataformas deveriam —no mínimo— ser responsabilizadas legalmente pela imposição da idade mínima de 13 anos para abertura de contas por usuários. Porque as plataformas não foram capazes de fazê-lo usando sistemas de detecção posterior, deveriam ser forçadas a implementar verificações de identidade e idade prévias para todas as contas novas, como já aconteceu em muitos outros setores. Os usuários verificados poderiam continuar a postar sob pseudônimo, e a verificação poderia ser terceirizada para operadores externos confiáveis, e não ser realizada pelas plataformas mesmas. Mesmo antes da Covid-19, os adolescentes já vinham se sentindo cada vez mais solitários na escola. A transição rápida para vidas sociais mediadas pelo smartphone, em 2012, é, como já demonstramos, o principal suspeito. Agora, depois de quase 18 meses de distanciamento social, temores de contágio, ansiedade entre os pais, estudo remoto e dependência cada vez maior de aparelhos eletrônicos, será que podemos confiar em que os estudantes deixem de lado os smartphones espontaneamente e voltem a usar os antiquados meios de socialização pessoal do passado, ao menos durante as horas que eles precisam passar na escola? Temos uma oportunidade histórica de ajudá-los a fazê-lo” - Jonathan Haidt, psicólogo social na Escola Stern de Administração de Empresas, Universidade de Nova York, e coautor de “The Coddling of the American Mind” e Jean Twenge, professora de psicologia na Universidade Estadual de San Diego, é autora de “iGen: Why Today’s Super-Connected Kids Are Growing Up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy — and Completely Unprepared for Adulthood” – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“No fim do mês de julho, Fernanda, mãe de Nina, de 14 anos, excluiu a conta que a filha tinha em uma rede e contava com mais de 2 milhões de seguidores. Depois, por conta da repercussão da atitude, explicou que considerou que a filha publicava conteúdos vazios e estava formando sua autoimagem influenciada por comentários de quem nem conhecia, e isso não poderia fazer bem a ela” - Jonathan Haidt, psicólogo social na Escola Stern de Administração de Empresas, Universidade de Nova York, e coautor de “The Coddling of the American Mind” e Jean Twenge, professora de psicologia na Universidade Estadual de San Diego, é autora de “iGen: Why Today’s Super-Connected Kids Are Growing Up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy — and Completely Unprepared for Adulthood” – Folha de S. Paulo, 15-08-2021.
“No início de agosto, Lucas, de 16 anos, tirou a própria vida. A mãe, Walquyria, credita seu ato a comentários maldosos e de ódio que o filho recebera em uma rede social após postar um vídeo com amigos. Ainda neste mês, Mari, mãe de Maria Luiza, de 13 anos, desabafou a respeito de comentários maldosos que a filha recebera em sua rede após postar fotos de um ensaio fotográfico em que deixa à mostra o uso de uma órtese na perna esquerda. Essas três notícias, todas divulgadas na mídia, merecem nossa reflexão. Em comum: três jovens, ainda no início da adolescência, todos envolvidos com redes sociais, e três mães preocupadas com essa relação dos filhos com os comentários e postagens nessas redes muito populares entre os adolescentes” – Rosely Sayão, psicóloga – O Estado de S. Paulo, 15-08-2021.
“Os relacionamentos interpessoais são delicados, complexos, exigem maturidade dos envolvidos. Maturidade que anda em falta em nosso mundo. Nós não queríamos, mas estamos construindo um mundo com crianças sem infância e adultos imaturos. Mães e pais de adolescentes precisam bancar essa etapa de vida dos filhos. É preciso ser gente grande e ter coragem para aceitar o título de ser mãe ou pai careta. Afinal, é isso mesmo que somos aos olhos deles. E que devemos ser! Filhos adolescentes precisam de nossa presença firme, sensata. Precisamos cultivar a confiança deles para que aceitem nossa tutela, ainda necessária, principalmente no relacionamento deles com o mundo virtual” – Rosely Sayão, psicóloga – O Estado de S. Paulo, 15-08-2021.
“Em encontro recente com Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso disse que ambos 'frequentaram a escolinha' antes de serem presidentes. O que isso significa? Segundo FHC, significa que ambos chegaram ao Planalto conhecedores de um compêndio sobre como agir e como se portar no cargo, algo que escapa a Jair Bolsonaro" – Rosely Sayão, psicóloga – O Estado de S. Paulo, 15-08-2021.
“Aos 90 anos, FHC gosta de listar essas dicas básicas, sempre com bom humor. A Coluna compilou algumas delas. 1) O presidente precisa dar ao interlocutor a sensação de que está atento ao que ele diz; 2) o presidente não é o dono da bola, mas tem o poder de fazer o jogo acontecer; 3) é preciso saber escutar a verdade; 4) tem de ler com atenção os jornais todos os dias; 5) quem tem fuzil na mão tem poder e precisa ser ouvido; 6) só é respeitado pelo Congresso quem tem força. Por último, porém não menos importante, FHC aconselha: o presidente tem de dormir bem todas as noites. Diz a lenda em Brasília que Jair Bolsonaro dorme pouco e mal” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 15-08-2021.
“Poderão os metaversos se tornar laboratórios políticos? Por exemplo, criando espaços para experimentar novas formas de participação democrática, que, quem sabe, poderão influenciar o mundo real? Ou ainda, será tolerável experimentar com modelos de autocracia e autoritarismo dentro dos metaversos? Ou a governança dos metaversos será um pano de fundo previamente decidido? Em suma, se o metaverso se tornar mesmo o futuro da internet, isso levará a um impacto social, econômico, legal, científico, normativo, valorativo e de transformação coletiva. Os metaversos poderão se transformar em novos espaços de coordenação da ação humana. Seja em laboratórios seguros de experimentação institucional. Seja em distopias medonhas. Ou podem também dar em nada” – Ronaldo Lemos, advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro – Folha de S. Paulo, 16-08-2021.
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Sim, Bolsonaro venceu! Tornou-nos indiferentes ao odor nauseabundo de morte - Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU