12 Agosto 2019
A saúde é um dos 87 indicadores que mais sofreu deterioração no governo Bolsonaro, de acordo com levantamento feito pela Folha. Os dados do Datasus compilados pelo jornal apontam piora na oferta de assistência na atenção básica, com queda no número de consultas de pré-natal e consultas em geral e redução no número de médicos que atuam nas unidades básicas de saúde, que passou de 30 mil, segundo dados de junho de 2018 , para 26 mil neste ano. Também houve diminuição no número de agentes comunitários de saúde em atuação, embora o jornal não revele números. Foi verificado aumento no número de internações de menores de cinco anos por pneumonia, indicador que está atrelado à piora na atenção básica. Na contramão, o número de equipes de Saúde da Família teve aumento – em ritmo bastante menor em relação aos últimos anos, frisa o jornal. No total, 44 indicadores pioraram (educação e meio ambiente entre eles), 15 se mantiveram estáveis e 28 apresentaram alguma melhora.
A informação é publicada por Outra Saúde, 12-08-2019.
Leandro Colon, na Folha hoje: “No sábado (10), o repórter Daniel Carvalho encontrou a aposentada Maria Aparecida Firmino Ferreira, 78, deitada havia dois dias em uma maca em um corredor (lotado de pacientes) do hospital de Ceilândia à espera de cirurgia após sofrer fratura. Maria Aparecida é avó da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Minutos depois de a reportagem procurar o governo do DF, ela foi transferida a um hospital de melhor estrutura para que fosse, enfim, operada. A aposentada não poderia furar fila só pelo fato de ser avó da primeira-dama. Assim como também pouco importa a relação que teve ou tem com a neta e mulher do presidente. O episódio deveria servir para Bolsonaro entender que sua verborragia diária cansou. Há prioridades urgentes. O paciente do SUS não aguenta mais ser tratado como um mané.”
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