Uma ação urgente para combater a poluição do solo e conter múltiplas ameaças à segurança alimentar global e à qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. É o pedido da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), por ocasião do Dia Mundial de Proteção do Solo, celebrado na última semana.

A informação é publicada por L’Ossevatore Romano, 06-12-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

A organização aponta em especial contra os milhares de produtos químicos produzidos comercialmente em grande escala, sobre os resíduos plásticos e eletrônicos, e sobre as águas poluídas e não tratadas que - como pode ser conferido em sua nota - "podem se tornar uma fonte de poluição do solo, abrindo o caminho para a entrada de poluentes na cadeia alimentar com graves consequências para a saúde das pessoas". O problema da poluição do solo "pode ser invisível e parece distante, mas todas as pessoas e lugares são afetados", afirma o comunicado da FAO, publicado em seu site. "Com uma população mundial que chegará a nove bilhões em 2050 - continua a nota - a poluição do solo é um problema global que degrada nossa terra, envenena os alimentos que ingerimos, a água que bebemos e o ar que respiramos. A extensão do problema é desconhecida e não há dados certos disponíveis em escala mundial”.

Cerca de 33% das terras do mundo estão severamente degradadas. "O estado delas está se deteriorando a um ritmo alarmante", declarou a vice-diretora geral da FAO, Maria Helena Semedo, na cerimônia do dia mundial realizada na sede da FAO em Roma. "As atividades humanas - explicou a diretora - são a principal fonte de poluição do solo. Está em nossas mãos adotar práticas de gestão sustentável da terra". Semedo então convidou os países a "aumentar significativamente os investimentos para ter terras sadias".

A FAO ofereceu uma série de recomendações sobre como reduzir a contaminação do solo em níveis estatal, industrial e individual. Tais como, por exemplo, a promoção pelos governos de uma gestão responsável e sustentável dos fungicidas, ou a recomendação às cidades em desenvolvimento para reciclar o lixo que produzem; ou, ainda, políticas e regulamentos ambientais mais rigorosos para impedir o uso excessivo de embalagens e produtos químicos pela indústria.

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